O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-A — NÚMERO 99 8

2. Enquadramento macroeconómico em 2014

A Economia Mundialcresceu 3,4% em 2014 em termos reais, resultado igual ao observado em 2013, tendo

o perfil de crescimento sido assente num melhor desempenho das economias avançadas, em paralelo com um

abrandamento do crescimento económico nos países emergentes e em desenvolvimento.

A Economia da zona do euroregistou um crescimento real mais baixo (+0,9%) face ao observado para a

Economia Mundial, ainda que infletindo o resultado dos dois anos precedentes, com suporte no crescimento da

procura interna e das exportações, a par de uma evolução ligeiramente favorável dos níveis de emprego e de

desemprego e de uma taxa de inflação média reduzida (+0,4%), refletindo a redução dos preços dos produtos

energéticos e o fraco crescimento da procura interna.

Neste enquadramento, a Economia Portuguesacresceu 0,9% em termos reais, traduzindo uma inflexão face

ao comportamento evidenciado desde 2010, alicerçado na recuperação da procura interna, em particular do

consumo privado e do investimento. Com efeito, registou-se um crescimento da primeira daquelas componentes

em 2,1% (que compara com -1,5% no ano precedente); por sua vez, a formação bruta de capital fixo aumentou

2,5%7.

PIB e Principais componentes

Por efeito da evolução da procura externa líquida, ocorreu uma deterioração da balança de bens e serviços

(ainda que mantendo um peso positivo no PIB, +0,5%, inferior em 0,4 p.p. relativamente ao ano anterior), que

se traduziu numa degradação da capacidade líquida de financiamento da Economia Portuguesa perante o

exterior (de 2,5% do PIB em 2013 para 1,9% em 2014).

Em termos do mercado de trabalho, verificou-se uma redução da taxa de desemprego, que se situou em

13,9% (16,2% em 2013), em paralelo com uma inversão do comportamento da evolução do emprego (de -2,6%

em 2013 para +1,6%), alicerçado sobretudo nos setores da indústria transformadora e dos serviços.

A melhoria do nível de emprego, por ter superado o crescimento do PIB, conduziu a uma degradação do

índice de produtividade do trabalho (-0,5% em 2014, que compara com +1,3% em 2013).

No contexto de uma redução do preço das matérias-primas energéticas e não energéticas nos mercados

internacionais, o índice de preços no consumidor veio a registar uma variação média negativa em 2014 (-0,3%),

o que contrasta com a evolução observada em 2012 e 2013 (+2,8% e +0,3%, respetivamente).

7In Conta Geral do Estado de 2014