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21 DE DEZEMBRO DE 2016 19

 Criação de mecanismos de financiamento para os CIT de forma a promover a ligação entre as

universidades, os CIT e as empresas. O financiamento será atribuído em função dos serviços prestados

às empresas;

 Financiamento de atividades de I&D e de eficiência energética nas empresas, num plano de atuação ao

nível dos CIT com impacto no desenvolvimento de novas tecnologias capazes de promover uma

utilização de energia mais eficiente e uma promoção de práticas de economia circular, permitindo ainda

a diminuição de resíduos não reutilizáveis;

 Facilitar o acesso dos CIT a recursos humanos altamente qualificados, quer pela integração de jovens

qualificados, quer pela promoção da circulação de pessoas entre os CIT, as Instituições de Ensino

Superior e as empresas.

A inovação tecnológica, a qualificação de recursos humanos, a utilização de sistemas de gestão mais

sofisticados e o acesso a mercados emergentes, requerem massa crítica e competências diversificadas que só

redes de cooperação com atores diferenciados poderão assegurar. Serão assim reforçadas as atuais

experiências de funcionamento de clusters em atividades produtivas relevantes na economia portuguesa, que

integrem redes constituídas por empresas, entidades de interface do sistema científico e tecnológico, instituições

de formação e associações empresariais. Estes clusters deverão desempenhar um papel relevante em projetos

de natureza colaborativa, de desenvolvimento tecnológico e de melhoria de produtividade.

Para tanto, o Governo considera determinante monitorizar e acompanhar as dinâmicas dos clusters

reconhecidos em 2016, tratar e divulgar informação sobre o ecossistema de inovação, incluindo clusters, bem

como promover o reforço da interclusterização, através do desenvolvimento de projetos comuns nos domínios

da indústria 4.0, eficiência energética, utilização de materiais ambientalmente neutros e da capacitação dos

clubes de fornecedores de PME.

A promoção da inovação deve estar alinhada com as tendências globais de digitalização da economia, sendo

necessário aproveitar as oportunidades daí resultantes, pela antecipação e liderança das transformações que

todas as organizações de referência anunciam.

Assim, foi lançada pelo Governo a iniciativa “Indústria 4.0”, em abril de 2016, com o objetivo de gerar medidas

para acelerar a adoção da quarta revolução industrial, tendo por base as necessidades do tecido empresarial

português, em quatro grandes fileiras - Agroindústrias, Automóvel, Moda e Retalho, e Turismo. Esta Iniciativa

assentou num conjunto de objetivos estratégicos para a política pública como: a divulgação dos princípios da

“Indústria 4.0” e benefícios da sua adoção; o desenvolvimento do capital humano; o desenvolvimento e

cooperação tecnológica; a massificação da adoção tecnológica e a promoção da internacionalização das

empresas portuguesas. No quarto trimestre de 2016, com a divulgação dos resultados obtidos, após a

auscultação de 86 empresas e 25 entidades, onde se incluem as associações setoriais, centros tecnológicos e

peritos, será delineado um Plano de Ação que determinará o arranque das medidas em Portugal.

O desenvolvimento do plano de ação para a indústria 4.0 tem de assentar em redes digitais modernas e

adequadas a uma economia fortemente dependente da internet. Neste sentido, o Governo irá apoiar, até 2020,

o desenvolvimento de um programa de investimento privado na extensão das redes digitais, incluindo nas redes

móveis de última geração, cuja cobertura será alargada a mais 1000 freguesias até 2019, no âmbito da

renovação das licenças móveis.

Ainda com o objetivo de reforçar a economia digital, serão implementados mecanismos de apoio direto a

PME para fomentar a criação e ou adequação dos seus modelos de negócios com vista à inserção da PME na

economia digital, de forma a permitir a concretização de processos desmaterializados com clientes e

fornecedores através da utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), contribuindo para o

desenvolvimento de redes modernas de distribuição e colocação de bens e serviços no mercado.

Até 2019, será implementada uma nova Estratégia do Design em Portugal, cujo objetivo é a definição e

implementação de uma política pública de introdução do design e da arte na indústria, essencial para promover

o potencial criador, quer em empresas existentes, quer no apoio de novos empreendedores e de novas ofertas

no mercado.

As indústrias da moda, designadamente a do calçado e a do têxtil, constituem um conjunto de atividades com

procuras estruturalmente de grande crescimento mas cuja competitividade é determinada por fortes

necessidades de conhecimento dinâmico e intangível, nomeadamente em matéria do chamado design de moda.