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19 DE ABRIL DE 2018

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Fonte: Eurostat

Não se conhece qualquer estratégia credível do Governo para este problema, tal como também não se

conhece qualquer resposta para auxiliar, de forma verdadeiramente significativa, os jovens desempregados.

Não obstante estar em curso uma redução progressiva deste flagelo, essencialmente devido à conjuntura,

constata-se, ainda assim, de acordo com as últimas estatísticas, que em Portugal a taxa de desemprego jovem

continua acima dos 21%, ao passo que na média da União Europeia está abaixo de 16%.

O Governo reconhece esta realidade no Programa Nacional de Reformas, ao afirmar que “continuam a existir

desafios relevantes ao nível do desemprego jovem”, no entanto não se conhece qualquer visão ou estratégia

dignas desse nome para combater este problema evidente.

A. Competitividade, crescimento económico e mobilidade

A.1 Economia

Considerando o crescimento a que assistimos em 2017, mas também comentários como os produzidos pela

Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a propósito do Programa de Estabilidade, onde se

afirma que os números da economia em 2017 “(…) em grande medida, têm que ver com a conjuntura existente

e não podem ser vistos como consequência de grandes mudanças estruturais no país que, no essencial,

continuam por realizar”, o CDS-PP entende ser necessário apontar um caminho estrutural para a economia.

O país foi mudando e as opções estratégicas também. Hoje precisamos de ter uma economia mais resiliente,

sustentável e que vislumbre o futuro de forma antecipada – com base na inovação. O empreendedorismo tem

que ser apoiado com base nos fundos comunitários, promovendo-se assim a capacidade do país em

desenvolver projetos. Só assim estaremos à altura de vencer e só assim conseguimos garantir que, quando

acabarem os fundos europeus, somos capazes de sobreviver e continuar a crescer.

O conhecimento e o apoio que deve ser dado pelos centros de estudo e de investigação, devem ajudar a

economia a perceber como se torna o investimento reprodutivo e como pode esse investimento ter repercussão

nas comunidades em que está inserido, de forma a produzir mais-valia económica, mas também mais-valia

social capaz de dar sustentabilidade ao país.

Deve ser desenvolvida uma estratégia nacional dirigida ao investimento, onde são determinados objetivos

por setor, e onde se definem prioridades. Envolver os vários players numa estratégia coletiva voltada para o

sucesso e chamar a esta direção estratégica organismos públicos que têm know-how permite não só que o país

arranque para um melhor futuro na economia, mas também a eficiência dos recursos do Estado.

A promoção do investimento e dinamização da nossa economia são fundamentais, principalmente quando

sabemos que o Investimento Direto do Exterior em Portugal, de base industrial, está a desacelerar, como se

pode ver no quadro abaixo.