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19 DE ABRIL DE 2018

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Há hoje uma nova oportunidade para atrair pessoas num mundo em que o novo trabalho digital pode ser feito

em qualquer lugar, numa economia aberta capaz de se reinventar e de gerar oportunidades para todos e não

apenas para alguns, num verdadeiro movimento de reindustrialização capaz de criar emprego de qualidade,

com estabilidade, em que o salto educacional contribui para o reconhecimento da nossa economia.

Há que promover o desenvolvimento e sustentabilidade empresarial de forma a contemplar matérias como a

inovação e a adaptação da formação profissional à inovação procurada pelas empresas.

Sabendo que a inovação e o desenvolvimento de produtos levam amiúde a que as funções de trabalho se

tornem obsoletas, é necessário garantir que as empresas de forma sustentada preparam o futuro, sabendo ao

que vão, e determinando antecipadamente as funções que cada trabalhador pode ter no desenvolvimento

empresarial. Hoje, quando olhamos para a inovação nas empresas, encontramos soluções que passam por

parcerias que decorrem fora do espaço empresarial.

Esta é uma solução válida, que em alguns casos até é benéfica para ambas as partes, mas que em muitas

outras situações acaba por ser uma solução descontextualizada com o futuro das empresas. É, portanto,

necessário que no futuro se ajude as empresas a desenvolver projetos internos de investigação que promovam

a integração nos seus quadros de criativos e investigadores. Só com criatividade e inovação o país estará mais

preparado para um futuro cada vez mais competitivo.

Mais, este novo ciclo tem também que abrir caminho a um necessário desagravamento fiscal das empresas,

que permita que os recursos produzidos e gerados sejam aplicados pelas próprias nos investimentos

necessários quer à manutenção da qualidade da sua produção, quer à necessária adaptação contínua à

evolução dos mercados. Por outro lado, este desagravamento fiscal melhorará a competitividade internacional

do investimento em Portugal.

Segundo o mais recente relatório do The World Economic Forum, este continua a ser um dos principais

problemas do país, sendo mesmo, ao longo dos últimos anos, uma preocupação classificada entre os dois

primeiros problemas de Portugal.

Apostas como a redução do IRC continuam a ser fundamentais. Aliás, a maior parte dos países que têm

taxas de IRC inferiores a Portugal crescem mais do que nós, como se expressa no quadro da página 15.

A par disso, mas com relação direta, a estabilidade legislativa tem que ser uma realidade para os empresários

portugueses. As alterações legislativas devem consolidar regras duradouras que permitam aos empresários

saber exatamente as regras pelas quais vão conduzir o seu negócio. A instabilidade legislativa é muitas vezes

responsável pelo afastamento de empresários com vontade de investir.

É ainda a este propósito que o CCP vem fazer um comentário no qual nos revemos: “(…) as previsões para

a próxima década no que respeita aos números das contas públicas são de difícil concretização e imporão quase

seguramente medidas restritivas adicionais, necessárias para termos saldos primários em valores que, como

dissemos inicialmente, se nos afiguram indesejáveis. O alívio na carga fiscal ficará assim comprometido”.

Também a celeridade no domínio da Justiça tem que ser alvo de uma aposta forte, só possível através de

consensos. A rápida resolução de litígios contribuirá de forma muito positiva para que o nosso país seja mais

“amigo dos investidores”.