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também uma alteração da composição esperada da procura interna relativamente ao estimado

para 2018. O MF prevê que em 2019 a diminuição da procura interna deverá resultar da

desaceleração do consumo privado e do consumo público, cujas taxas de variação abrandam para

1,9% e 0,2%, respetivamente. O efeito da trajetória descendente destas componentes deverá ser

atenuado pela aceleração da FBCF, cuja taxa de variação aumenta 1,8 p.p. para 7,0% em 2019. De

acordo com o atual cenário, o contributo da procura externa para a variação do PIB real mantém-

se em -0,3 p.p. O MF antecipa que em 2019 a taxa de variação real das exportações e das

importações evolua de forma semelhante, esperando uma desaceleração de 6,6% para 4,6% no

caso das exportações, e uma desaceleração de 6,9% para 4,8% no caso das importações.

No que respeita à evolução dos preços, o MF antecipa um ligeiro abrandamento do deflator do

PIB em 2018, diminuindo 0,1 p.p. para 1,4%. Este comportamento reflete a desaceleração do

crescimento nos deflatores do consumo público (de 2,0% para 1,3%), da FBCF (de 2,6% para 1,1%)

e das exportações (de 3,3% para 1,8%), que é parcialmente compensado pela aceleração no

deflator do consumo privado (de 1,2% para 1,3%) e pela redução expressiva na taxa de variação

do deflator das importações (de 4,0% para 1,9%). Em 2019, a manutenção do crescimento do

deflator do PIB (1,4%) reflete a compensação dos abrandamentos previstos para o deflator do

consumo público (de 1,3% para 1,2%), da FBCF (de 1,1% para 0,8%) e das exportações (de 1,8%

para 1,7%) pela aceleração do deflator do consumo privado (de 1,3% para 1,4%) conjugado com

um novo abrandamento do crescimento deflator das importações (de 1,9% para 1,6%). A evolução

do deflator do consumo privado diverge em 2018 da evolução prevista para o Índice Harmonizado

de Preços no Consumidor (IHPC), para o qual é esperado um abrandamento de 0,2 p.p. para 1,4%,

valor que o MF prevê que se mantenha em 2019.

Para o PIB nominal, o MF antevê um crescimento de 3,8% em 2018 e 3,6% em 2019. Em 2018, a

desaceleração do crescimento do PIB nominal (em relação a 4,4% em 2017) resulta quer do

abrandamento do PIB em termos reais, quer da desaceleração prevista para o deflator. Em 2019, a

desaceleração do PIB nominal é essencialmente determinada pelo comportamento do PIB real,

dada a estabilização esperada no crescimento do deflator.

O cenário macroeconómico apresentado pelo MF mantém a perspetiva globalmente positiva para

o mercado de trabalho, antecipando uma diminuição da taxa de desemprego. De acordo com o

atual cenário, a taxa de desemprego deverá diminuir 2,0 p.p. em 2018, fixando-se em 6,9%,

reduzindo-se depois para 6,3% em 2019. A expectativa para o emprego acompanha a evolução

favorável, contudo em abrandamento, antevendo o MF um crescimento de 2,5% em 2018 e de

0,9% em 2019. A remuneração média por trabalhador em termos nominais deverá crescer 1,9% em

2018, acelerando relativamente ao valor observado no ano anterior (1,6%). Usando o IHPC como

deflator, é esperada uma aceleração na remuneração média real por trabalhador, o que conduz a

um ligeiro aumento no diferencial face à taxa de variação da produtividade aparente do trabalho,

a qual volta a apresentar um valor negativo (-0,2%), embora de menor valor absoluto que em 2017.

Para 2019 o cenário prevê uma aceleração do crescimento da remuneração média por trabalhador

em termos nominais (para 2,3%), sendo esta acompanhada de uma aceleração expressiva no

crescimento da produtividade para 1,3%.

15 DE OUTUBRO DE 2018________________________________________________________________________________________________________

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