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Caixa 1 – Previsões e projeções para a economia portuguesa

A estimativa do MF para o crescimento do produto real em 2018 situa-se em 2,3%, valor igual ao projetado pelo FMI e BdP e

0,1 p.p. acima da projeção do CFP, da CE e da OCDE. O crescimento esperado pelo MF para o consumo privado em 2018

(2,3%) é igual ao perspetivado pelo CFP, superior ao estimado pela OCDE (1,9%), mas inferior ao projetado pelo BdP (2,4%).

De acordo com o MF, o consumo público deverá crescer 1%, valor acima do projetado pela OCDE e pelo BdP (0,7%), mas

abaixo do esperado pelo CFP (1,2%). Relativamente à taxa de variação da FBCF, o MF aponta para um crescimento de 5,2%,

encontrando-se abaixo das estimativas publicadas pelo CFP (5,3%) e pela OCDE (5,9%), mas acima da projeção presente no

cenário do BdP (4%). Consequentemente, o MF estima que a procura interna contribua com 2,7 p.p. para o crescimento do

produto em 2018, valor que se encontra acima dos 2,3 p.p. e 2,6 p.p. da OCDE e CFP, respetivamente. A nível externo, o MF

prevê um crescimento das exportações de 6,6%, sendo esta estimativa a mais otimista quando comparada com as projeções

das outras instituições, cujos valores variam entre os 5% do BdP e os 6,5% do FMI. O cenário do MF contém ainda o crescimento

mais robusto das importações (6,9%), fazendo com que o contributo das exportações líquidas estimado pelo MF seja negativo

(-0,3 p.p.). Este valor encontra-se balizado pelos contributos projetados pelo CFP (-0,4 p.p.) e pela OCDE (-0,2 p.p.). No que

respeita à evolução dos preços, o MF prevê uma variação de 1,4% do IHPC, em linha com as estimativas do BdP e da CE, e

enquadrada pelas previsões da OCDE (1,1%) e do FMI (1,7%). O MF espera um crescimento do deflator do PIB de 1,4%, em

linha com o perspetivado pelo CFP e a OCDE, mas abaixo do avançado pelo FMI (1,6%). A previsão do MF para a taxa de

desemprego situa-se em 6,9%, valor igual ao estimado pelo CFP, mas abaixo das projeções da OCDE (7,5%), do FMI e do BdP

(7%). Também no mercado de trabalho, o cenário do MF antecipa um crescimento do emprego de 2,5%, encontrando-se

abaixo da projeção do CFP (2,6%), mas acima dos crescimentos esperados pelo BdP (2,3%), pela OCDE (2%) e pelo FMI (1,9%).

A previsão do MF para a capacidade líquida de financiamento da economia (1% do PIB) encontra-se abaixo da estimativa do

CFP (1,5% do PIB) e do BdP (1,4% do PIB), sendo penalizada pelo saldo da balança de rendimentos primários e transferências.

Para 2019, o MF prevê uma taxa de crescimento do PIB real de 2,2%, traduzindo uma desaceleração face a 2018, mas ainda

assim, mais otimista que as projeções da CE (2%), do CFP (1,9%) e do FMI (1,8%). O abrandamento da economia em 2019 é

esperado por todas as instituições consideradas, com a exceção da OCDE, que antecipa um crescimento do produto igual ao

perspetivado pelo MF (2,2%). O consumo privado deverá desacelerar para 1,9% no cenário do MF, encontrando-se em linha

com a projeção da OCDE e 0,1 p.p. abaixo da estimativa do CFP. Relativamente ao consumo público, o MF prevê uma

desaceleração da sua taxa de crescimento para 0,2%, ficando esta projeção enquadrada pelo decréscimo de 0,1% inserida no

cenário da OCDE e pelo crescimento de 0,7% esperado pelo CFP. De acordo com o cenário do MF, a taxa de crescimento da

FBCF deverá acelerar para 7%, em 2019, em linha com o movimento de aceleração esperado pela OCDE, mas divergindo do

ligeiro abrandamento antecipado pelo CFP. Ainda assim, o MF estima que o contributo da procura interna desacelere para 2,5

p.p., valor ligeiramente acima do contributo de 2,3 p.p. esperado quer pela OCDE quer pelo CFP. No que se refere ao sector

externo, e refletindo a desaceleração esperada para as taxas de crescimento das exportações (4,6%) e das importações (4,8%),

o MF espera um contributo negativo proveniente das exportações líquidas (-0,3 p.p.). Note-se que as restantes instituições

perspetivam também desacelerações ao nível do comércio externo, estimando-se que o crescimento das exportações oscile

entre os 4,3% da OCDE e os 4,7% do FMI e que as importações variem entre os 4,7% da OCDE e os 5,5% do FMI. Deste modo,

e tal como o perspetivado pelo MF, tanto o CFP como a OCDE esperam um contributo negativo proveniente das exportações

líquidas. Ao nível dos preços, a taxa de variação do IHPC no cenário do MF deverá manter-se em 1,4%, valor em linha com o

projetado pelo CFP, mas abaixo do projetado pela OCDE (1,7%), pela CE (1,6%) e pelo FMI (1,6%). Relativamente ao deflator

do PIB, verifica-se que a taxa de variação prevista pelo MF (1,4%) se encontra balizada pelo crescimento de 1,3% perspetivado

pela OCDE e pelo crescimento de 1,6% antecipado pelo FMI e CFP. De acordo com o MF, a taxa de desemprego deverá reduzir-

se para 6,3%, valor que se enquadra entre 6,1% projetados pelo CFP e 6,7% estimados pelo FMI. No que se refere à variação

do emprego, a previsão do MF (0,9%) encontra-se abaixo das estimativas do FMI (1,2%), do CFP (1,2%) e da OCDE (1,3%). Em

2019, a capacidade líquida de financiamento da economia deverá situar-se em 1,2% do PIB, de acordo com o MF, encontrando-

se este valor abaixo do saldo perspetivado pelo CFP (1,4% do PIB). Tal como em 2018, a menor capacidade líquida de

financiamento antecipada pelo MF, fica a dever-se a uma previsão mais pessimista para o saldo da balança de rendimentos

primários e transferências.

Destaque-se que o cenário do MF incorpora já os dados definitivos das Contas Nacionais Anuais para 2016 e os novos dados

preliminares das Contas Nacionais Trimestrais para 2017, que a maior parte dos exercícios das restantes instituições não

incorporam. Considera ainda medidas de política para 2019, enquanto a maior parte dos cenários de outras instituições são

elaborados sob a hipótese de políticas invariantes.

II SÉRIE-A — NÚMERO 13________________________________________________________________________________________________________

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