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O crescimento do PIB em 2019 é revisto na POE em análise ligeiramente em baixa (-0,1 p.p. para

2,2%) face ao cenário apresentado pelo MF no PE/2018, ainda assim definindo o limite superior

das previsões mais recentes disponíveis para a economia portuguesa em 2019 (Gráfico 3). Para o

mesmo ano, as projeções realizadas por outras instituições apontam para um perfil de

desaceleração mais acentuado da economia portuguesa. Para o crescimento do PIB real, a média

ponderada das projeções das outras instituições (1,9%) situa-se dentro do intervalo de 30% de

confiança das previsões do MF (Gráfico 2).

No consumo público não são claras as medidas que a POE/2019 poderá ter em consideração, nem

foi fornecida informação suficiente para validar o efeito volume-preço das medidas subjacentes ao

cenário. O CFP solicitou informação adicional sobre a composição do consumo público subjacente

ao cenário em análise, bem como sobre as variações de volume e preço subjacentes, que não

foram disponibilizadas até à data de fecho deste parecer. Assim, em termos nominais, existem

riscos ascendentes para o consumo público, que podem ter efeitos diretos no PIB e indiretos por

via do rendimento disponível e do consumo privado se essas medidas forem dirigidas às

remunerações no sector da administração pública.

Relativamente à FBCF, a revisão em baixa do crescimento em 2018 face ao PE/2018 não se reflete

no crescimento em 2019, tendo sido considerado, para além de medidas de política que não foram

especificadas na informação disponibilizada ao CFP, um conjunto de grandes investimentos por

parte de agentes do sector privado que também não foi fornecido ao CFP. A média ponderada das

projeções das outras instituições consideradas (Gráficos 2 e 3) situa-se dentro do intervalo de 30%

de confiança das previsões do MF, mas mais afastada da previsão pontual. Com efeito, na dispersão

das projeções, a previsão do MF é aquela que define o limite superior. Ao contrário das outras

instituições consideradas, que projetam um cenário em políticas invariantes, as previsões do MF

contemplam medidas de política que poderão alavancar o crescimento do investimento. Contudo,

o investimento considerado neste cenário é sobretudo do sector privado, não tendo sido ainda

explicitadas as medidas de política pública, e ainda menos os seus efeitos, na fundamentação da

variação prevista. Como anteriormente referido, também não foram identificados projetos

específicos de investimentos já decididos pelo sector privado. Assim, no médio prazo, a previsão

de crescimento da FBCF afigura-se otimista, acentuando o risco descendente implícito na previsão

de crescimento do PIB real.

Em termos globais, para 2019, as previsões do MF estão próximas da média ponderada das

projeções das demais instituições consideradas no Quadro 2, com exceção da previsão para o

crescimento da FBCF. As divergências, mesmo na FBCF (tendo em conta a banda assimétrica com

maior área para os desvios negativos), situam-se dentro do intervalo de 30% de confiança

(Gráfico 2). Dado o enquadramento e os riscos subjacentes, este cenário pode assim ser

considerado como um cenário provável, mas não o mais provável.

II SÉRIE-A — NÚMERO 13________________________________________________________________________________________________________

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