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Defendemos que o rigor e a contenção orçamental não poderiam ser

sinónimo de «ações de choque» que provocassem a destruição do

tecido produtivo nacional e conduzissem a uma perda de rendimentos

por parte da maioria dos portugueses e que deveria haver alguma

flexibilidade na gestão das metas. Defendemos, ainda, que a retoma da

economia e um crescimento mais robusto da mesma era o melhor

contributo, no momento de viragem, para a consolidação das contas

públicas, como os números de 2017 vieram, finalmente, confirmar. Mas,

simultaneamente, também dissemos, no momento em que o país

passava da descrença na mudança a um estado de quase euforia, que

o crescimento económico para ser sustentável não podia ter apenas por

base políticas de estímulo da procura mas eram indispensáveis,

igualmente, políticas que contribuíssem para reajustar o perfil da oferta,

seja ao nível da nossa estrutura produtiva, seja ao nível de toda a

envolvente infraestrutural e ambiental. Alertámos para as preocupantes

quedas do investimento, quer privado, quer público, cuja consequência,

neste último caso, era a degradação de muitos serviços públicos

essenciais, com repercussões graves sobre a vida dos cidadãos e das

empresas.

Contrariámos, igualmente, a tese dicotómica de que havia que optar

entre ter uma economia voltada para o mercado doméstico ou uma

outra centrada nas exportações e, se sempre considerámos que reforçar

as exportações e a competitividade externa eram um desafio muito

relevante, estas não podiam, por si só, constituir a solução para a retoma

do nosso crescimento. A procura interna era, igualmente, uma

componente indispensável deste, seja do lado da procura, por via do

aumento do poder de compra, seja, estando o país inserido numa

economia aberta em que a concorrência se faz à escala global,

dotando o país de um tecido produtivo nacional internamente

II SÉRIE-A — NÚMERO 25____________________________________________________________________________________________________________

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