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3. Economia

Caracterização da Situação Económica

O capítulo do último relatório submetido ao escrutínio da Assembleia da República, no

qual se procurou caracterizar a situação económica nacional, versou sobre a atividade

dos agentes económicos no mês de outubro. Dada a necessidade de regresso ao Estado

de Emergência, a análise que doravante se expõe tem em consideração um período

menos alargado, mais especificamente o compreendido entre os dias 9 e 23 de

novembro. Nesta análise, incluem-se, também, os primeiros dias do mês que não foram

abordados previamente e nos quais não vigorou o grau mais elevado previsto na Lei de

Bases da Proteção Civil, promulgada no ano de 2006. Tendo em conta o contexto

sucintamente descrito, facilmente se depreendem os efeitos da conjuntura pandémica

na atividade económica.

Na informação anteriormente remetida, já se havia alertado para a incerteza manifestada

por consumidores e operadores económicos, a qual não obstaculizava o processo de

recuperação em curso. Porém, mesmo procurando o Governo da República Portuguesa

assegurar um equilíbrio entre a proteção da saúde pública e a preservação do emprego,

dos rendimentos e das atividades económicas, a propagação do vírus obrigou à adoção

de novas medidas de cariz sanitário, que determinaram uma inflexão na trajetória de

retoma. A este propósito, não devem ser ignoradas as similaridades existentes entre a

situação nacional e as que se registam noutros países europeus, para além de importar

referir que as medidas adotadas não restringiram o exercício das atividades económicas

na mesma proporção que se verificou em parte significativa dos Estados-Membros da

União Europeia.

Dos dados até então disponibilizados, é possível identificar uma diminuição da procura

relativamente aos níveis observados nos meses precedentes. A diferença constatada

entre a atividade económica nas segunda e terceira semanas de novembro foi residual,

não se identificando impactos distintos das medidas de cariz sanitário adotadas. O efeito

mais significativo que é possível salientar prende-se com o acréscimo do consumo

durante dias específicos da semana, nomeadamente à sexta-feira. Ao fim-de-semana, os

sábados continuaram a ser dias de maior atividade do que os domingos. Tais ilações são

consonantes com a informação publicada sobre a mobilidade dos residentes em

território nacional, os quais apontam uma afluência expressiva a supermercados e a

farmácias, no último dia útil da semana.

II SÉRIE-A — NÚMERO 39 ________________________________________________________________________________________________________

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