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Não obstante a diminuição referida, a dinâmica da atividade económica, nas primeiras

semanas de novembro, superou a que se havia verificado em igual período do mês de

junho. Desta feita, é expectável que o produto gerado no último trimestre de 2020 exceda

o valor registado entre os meses de abril e junho, até pelo efeito esperado da quadra

natalícia no nível de consumo. No que ao comércio automóvel diz respeito,

particularmente na venda de veículos ligeiros, os números divulgados permitem inferir

uma tendência decrescente, ainda que a comercialização deste bem duradouro se

mantenha num patamar superior ao constatado em junho. Tal informação está em linha

com os resultados dos inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores,

ministrados pelos técnicos do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os resultados supramencionados revelam uma retração do indicador de confiança dos

consumidores em novembro, após uma recuperação relativamente sustentada ao longo

dos últimos meses. A causa principal desta retração assenta no receio relativamente ao

futuro, em particular no que respeita à situação económica do país nos próximos doze

meses. Apesar do menor otimismo, as perspetivas dos consumidores quanto à realização

de compras importantes no ano subsequente e as expectativas referentes à situação

financeira do agregado doméstico não se encontram num nível tão negativo. Não

obstante a inflexão na tendência de retoma, importa enaltecer que os índices de

confiança dos consumidores no mês em apreço superam os registados em julho. Nessa

época, tanto a avaliação retrospetiva como a previsão da situação financeira individual e

do agregado doméstico eram menos otimistas.

Quando analisada a dimensão da oferta ao invés da procura, o panorama assemelha-se,

divergindo apenas em termos da confiança demonstrada pelos prestadores de serviços,

a qual melhorou e se encontra próxima dos valores observados em abril. Esta melhoria

deveu-se, sobretudo, ao balanço da atividade nos últimos três meses, que acabou por

ser menos negativo. Nas demais atividades, os índices de confiança dos operadores

económicos regrediram. Foi o que se constatou nas atividades transformadoras e de

comércio, visto que a avaliação da procura atual foi mais otimista do que a que havia

sido identificada em outubro, ao contrário das expectativas para o curto-prazo. Já no

domínio da construção e obras públicas, quer as perspetivas quanto à atual carteira de

encomendas, quer os níveis de emprego esperados nos próximos três meses

evidenciaram a redução da confiança dos operadores económicos.

O indicador de clima económico diminuiu, assim, no mês de novembro, interrompendo

o perfil de recuperação verificado nos seis meses anteriores. No entanto, sendo o atual

3 DE DEZEMBRO DE 2020 ________________________________________________________________________________________________________

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