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II SÉRIE-A — NÚMERO 153

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Fonte: Eurostat, disponível online em Out now: First 2022 data on minimum wages in the EU – Products Eurostat

News – Eurostat (europa.eu)

Mas o problema não é apenas o salário mínimo. Segundo os últimos dados da Segurança Social, mais de

metade dos trabalhadores portugueses declaram uma remuneração não superior a € 800,001. Mais se pode

interpretar que quem aufere mais de € 1500,00 está inserido no lote dos 15 % mais ricos, valor equivalente ao

salário mínimo em França, deixando bem evidentes as discrepâncias entre os países.

A isto acresce que, tendo em conta a carga fiscal, uma remuneração bruta de € 800,00 representa em termos

líquidos um valor inferior ao atual salário mínimo2. Apesar da Comissão Europeia considerar que existe margem

em Portugal para subir mais os salários3, o atual Ministro das Finanças português rejeita a ideia4, mesmo com

a atual crise inflacionista que bateu recordes de 30 anos5.

A situação é especialmente grave no que diz respeito aos jovens. Os estudos indicam que 3 em cada 4

jovens ganham menos que € 950,00 e que um terço deseja sair de Portugal6.

Ora se é verdade que temos das gerações mais qualificadas de sempre, também é verdade que o nosso

País não consegue competir com outros em termos de oportunidades para os jovens, o que naturalmente os

leva a abandonar o País. Todo o investimento que é feito nos nossos jovens, acaba por beneficiar outros países,

com todos os impactos sociais e económicos que isso representa. Conforme o Livro Branco – Mais e melhores

1 Gestão de Remunerações – Estatísticas – seg-social.pt 2 Quem ganha 800 euros brutos vai receber menos em termos líquidos do que quem aufere o salário mínimo? – Polígrafo (sapo.pt) 3 Bruxelas vê margem para subir mais os salários – Economia – Jornal de Negócios (jornaldenegocios.pt) 4 Ministro das Finanças rejeita a necessidade de novos ajustes nos salários em Portugal (rtp.pt) 5 INE confirma inflação média anual de 7,8 % em 2022, um máximo de 30 anos – ECO (sapo.pt) 6 Expresso – O retrato cru de uma geração desiludida: três em cada quatro jovens ganham menos de € 950 e um terço quer sair de Portugal