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Gráfico 1.28. Consumo privado, componentes e rendimento disponível (taxa de variação homóloga em percentagem, contributos em pontos percentuais)

Gráfico 1.29. Taxa de poupança (percentagem)

FONTE: INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. FONTE: EUROSTAT.

Os dados mais recentes relativos aos primeiros meses do terceiro trimestre do ano sugerem uma estagnação do consumo privado, que cresceu 1,2% no primeiro trimestre mas caiu 0,7% no segundo, em cadeia. A operações nacionais (compras e levantamentos) na rede Multibanco caíram 0,8% em termos homólogos em setembro (valores deflacionados). No mesmo sentido, as vendas de veículos ligeiros de passageiros abrandaram face ao segundo trimestre para 12,6% em setembro, após uma variação homóloga média de 45,6% na primeira metade do ano. Os novos créditos ao consumo aos particulares prosseguiram igualmente a trajetória de contração iniciada no início do ano, com uma variação homóloga de 6,6% em agosto (23,9% em agosto de 2022). O índice de volume de negócios no comércio a retalho (deflacionado), que registou uma variação homóloga média de 3% no segundo trimestre, desacelerou para um crescimento homólogo médio de 1,8% em julho e agosto (2,5% e 2,1%, respetivamente, excluindo combustíveis). A evolução da taxa de inflação e das taxas de juro nos próximos meses serão determinantes para o comportamento do consumo privado na segunda metade do ano.

O consumo público aumentou 0,5% em termos homólogos no primeiro semestre do ano, uma desaceleração face ao aumento de 2,4% no período homólogo. Esta desaceleração reflete a diminuição da despesa com as medidas adotadas no âmbito da pandemia de COVID-19, que, em 2022, ainda tinham um peso relevante, bem como o menor crescimento do emprego nas Administrações Públicas.

A formação bruta de capital fixo (FBCF) cresceu 0,6%, em termos homólogos, sobretudo devido ao aumento do investimento em equipamentos de transporte (12,4%) e outras máquinas e equipamentos (2,7%). Face ao semestre homólogo, a FBCF registou uma desaceleração (-3,3 pp), transversal às suas principais componentes. O investimento caiu 2,4% em termos homólogos no primeiro semestre em resultado da redução da componente de variação de existências. Ainda assim, a taxa de investimento permanece globalmente numa trajetória de recuperação face ao observado antes da pandemia de COVID-19.

O investimento em construção foi a componente da FBCF a registar um desempenho mais negativo na primeira metade do ano, caindo 1,5%, enquanto o VAB da construção diminuiu 0,4%. No entanto, este setor tem visto atenuados os constrangimentos associados aos preços dos materiais, ainda que as dificuldades de contratação de mão de obra persistam. O crescimento do índice de custos de construção de habitação nova subiu ligeiramente face ao mês anterior, para 2,5% em agosto, mas manteve uma trajetória de desaceleração, explicada maioritariamente pela queda dos preços dos materiais e pelo crescimento mais moderado dos custos de mão de obra.

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II SÉRIE-A — NÚMERO 16 ____________________________________________________________________________________________________________

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