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2° trimestre de 2024, é possível decompor a previsão para o crescimento anual

entre um efeito de carry-over 3 e crescimento implícito para a segunda metade de

2024 (ver Gráfico 2). No caso do PIB, o efeito de carry-overé estimado em 1,4%.

Assim, o crescimento real previsto de 1,8% para o conjunto do ano, tem implícito

um crescimento trimestral de 0,5%, em média, nos 3.0 e 4.0 trimestres do ano. No

caso do consumo privado, considerando o crescimento de 1, 7% registado no 1.0

semestre de 2024 face ao 2.0 semestre de 2023, seria necessária uma contração

marginal na segunda metade de 2024 para que o crescimento de 1,8% previsto

para 2024 se verificasse. Para o investimento, face à quebra de 1,2% registada na

primeira metade do ano, seria necessário um crescimento de aproximadamente

7% na segunda metade de 2024 para alcançar o previsto para 2024 (3,2%). Esta

previsão contrasta com a realizada para as exportações, para as quais se antecipa

uma contração (-1,6%) na segunda metade do ano, para alcançar o crescimento

anual previsto de 2,5%. No caso do deflator do PIB, o crescimento esperado de 3, 1 % em 2024 tem subjacente uma redução do deflator de cerca de 0,6% na

segunda metade de 2024, após um aumento de 2,4% no 1.0 semestre. Esta

previsão tem por base uma perda de termos de troca na segunda metade deste

ano (de -3,4% após um crescimento de 2% no 1 .º semestre).

Gráfico 2 - Crescimento face ao semestre anterior: observado (1.0 semestre 2024) e

implícito às previsões (2.0 semestre 2024)

%

2.

-2

-4

-0,1 -

0,3

36

-1,2

1 ■ -1,6

consumo privado consumo público investimento exportações

Fonte: IN E, POE/2025 e cálculos do CFP.

2,9

1 -0,6 .:.

1' S 2° S importações

2,4 2,0

1 -0,6 10,8 - �

1111111

-3,4 1° S 2° S 1 ° S 2° S 1' S 2° S deflator do PIB termos de troca emprego

Para 2025, o cenário macroeconómico apresentado projeta uma aceleração no

crescimento do PIB real para 2, 1 %. Esta previsão revê em alta a subjacente ao

PE/2024 (1,9%)4 e, face aos valores previstos para 2024, reflete um aumento no

contributo das exportações líquidas (+0,2 p.p. para 0,0 p.p.), e um acréscimo

marginal de O, 1 p.p. no contributo da procura interna (para 2, 1 p.p.). O maior

dinamismo da economia deve-se à expetativa de uma aceleração na taxa de

crescimento das exportações de bens e de serviços (+1 p.p. para 3,5%), bem como

do consumo privado (+0,2 p.p. para 2,0%) e do investimento (+0,3 p.p. para 3,5%),

parcialmente mitigados pela mais expressiva desaceleração esperada, de 1,4 p.p.

para 1,2%, na taxa de crescimento do consumo das administrações públicas. A

revisão em alta comparativamente à previsão do PE/2024 está associada a um

3 Este efeito permite calcular quanto cresceria o PIB num determinado ano se todas as taxas de

crescimento em cadeia trimestrais do segundo semestre (ou as ainda não observadas) Fossem

iguais a zero (o que é equivalente a assumir que os níveis trimestrais do PIB nesse ano

permaneceriam ao mesmo nível do registado no último trimestre observado). 4 O OE/2024 inclui apenas projeções para 2023 (T) e 2024 (T + 1 ).

II SÉRIE-A — NÚMERO 110 _____________________________________________________________________________________________________________

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