O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

14 DE MARÇO DE 2025

237

79 % e um número médio de horas de utilização da potência de 4349. A aplicação dos pressupostos e valores

de referência associados à Diretiva, tendo em conta os combustíveis utilizados por cada uma das unidades, e

as perdas na rede associadas ao nível de tensão de localização, resulta numa poupança global estimada em

30 740 TJ (0,73 Mtep) de energia primária, correspondendo a uma poupança de 33,5 %.

Na tabela seguinte pode-se verificar o potencial técnico da cogeração para produção de calor (estimado a

partir das percentagens máximas de substituição e os valores de consumo de calor substituível), de cerca de

2,7 Mtep de calor potencialmente utilizável. Na mesma tabela são apresentadas estimativas do consumo de

frio, na Indústria, no setor residencial e nos serviços, resultando em 0,5 Mtep de energia final, a que

corresponderia entre 1,1 Mtep e 2,2 Mtep de calor adicional para alimentar chillers de absorção, resultando

assim entre 3,8 e 4,9 Mtep de produção térmica das cogerações.

Assumindo o rácio T/E médio e o número médio de horas de funcionamento verificado nas cogerações

existentes em 2014 (2,57 e 4349 h respetivamente), a energia elétrica gerada e a potência elétrica instalada

corresponderiam a 12 TWh (2,8 GW) só para satisfazer as necessidades de calor e 17,3 TWh a 22 TWh (4,0

GW a 5,1 GW) para satisfazer igualmente as necessidades de frio.

Contudo, a concretização de todo este potencial é irrealista uma vez que não tem em consideração os

regimes de funcionamento das unidades de cogeração, as necessidades de paragem para manutenção, nem

aspetos básicos tais como potências mínimas de funcionamento. Assim, o potencial técnico será seguramente

superior ao potencial alcançável.

Tabela 49 – Cálculo do potencial de calor e frio a fornecer por cogerações [Fonte: DGEG, Estudo do

potencial de cogeração de elevada eficiência em Portugal, 2016]

SetorTotal Geral

Total energia

térmica

substituível

Potencial de

substituição

Consumo de frio

(estimativa)

tep tep (%) tep tep

Consumo final15 166 7803 930 121 66,21 %2 602

023520 053

Agricultura e Pecas427 875 15 124

Agricultura 338 172 11 485 100,00 % 11 485

Pescas 89 703 3 639

Indústrias extrativas111 645 28 503

Indústrias transformadoras4 361 269 2 811 963 174 451

Alimentação, bebidas e

tabaco 445 139 234 813 100,00 % 234 813

Têxteis 254 984 161 532 81,00 % 130 841

Papel e artigos de papel 1 366 239 1 062 925 100,00 % 1 062

925

Químicas e plásticos 432 372 227 840 100,00 % 227 840

Cerâmicas 268 395 217 841 7,00 % 15 249

Vidro e artigos de vidro 242 745 197 882 7,00 % 13 852

Cimento e cal 645 081 493 032 10,00 % 49 303

Metalúrgicas 46 394 25 222 19,00 % 4 792

Siderurgia 165 875 54 540 30,00 % 16 362

Vestuário, calçado e curtumes 45 625 18 499 81,00 % 14 984

Madeira e artigos de madeira 99 951 21 818 81,00 % 17 673

Borracha 35 171 14 275 100,00 % 14 275

Metalo-eletro-mecânicas 243 859 69 488 69,00 % 47 947

Outras indústrias

transformadoras 69 439 12 256 81,00 % 9 927

Construção e obras públicas260 285 30 593 81,00 % 24 780