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0150 | II Série B - Número 031 | 08 de Julho de 2000

 

VOTO N.º 74/VIII
DE SAUDAÇÃO A TODOS OS QUE CONTRIBUIRAM PARA A PRESTAÇÃO DA SELECÇÃO NACIONAL DE FUTEBOL NO CAMPEONATO DA EUROPA DE 2000

Todos nós, portugueses, vivemos um momento de especial orgulho nacional.
Quer em território de Portugal quer um pouco pelos quatro cantos do mundo onde se fala português, viveram-se nos últimos dias emoções particularmente fortes e mobilizadoras.
Na verdade, a prestação da Selecção Nacional de Futebol no Campeonato da Europa constituiu um exemplar meio de afirmação dos melhores valores que nortearam os nossos oito séculos de gloriosa história: vontade, ambição e determinação.
Todos estamos orgulhosos com os resultados desportivos alcançados pelos jogadores que envergaram a nossa camisola.
Contudo, impõe-se afirmar que, para além da excelente eficácia competitiva, Portugal admira a atitude ética e desportivamente irrepreensível que os jogadores portugueses, enquanto privilegiados ídolos e modelos da cidadania para a juventude portuguesa, assumiram.
O desporto pode, como se prova, ter um papel na promoção do bem comum, contribuindo para a aproximação entre os povos, para a elevação de saudáveis orgulhos nacionais e para a promoção de leais espíritos de conquista.
Dessa forma:
- Tendo em conta a vontade e determinação que a equipa portuguesa empenhou nos jogos disputados;
- Tendo em conta o orgulho no uso da camisola das quinas que a nossa Selecção assumiu;
- Tendo em conta o reconhecido fair play que a equipa nacional demonstrou;
- Tendo em conta o incomensurável contributo para a promoção do desporto, enquanto actividade leal e saudável, que esta prestação nacional ofereceu;
- E tendo em conta a dimensão do feito desportivo e a relevância da conquista de um crescente prestígio internacional, que tão alto elevou o nome de Portugal;
A Assembleia da República saúda os jogadores, equipa técnica, dirigentes e todos aqueles que, directa ou indirectamente, contribuíram para a memorável prestação da Selecção Nacional de Futebol no Campeonato da Europa de 2000.

Palácio de São Bento, 29 de Junho de 2000. Os Deputados: Pedro Duarte (PSD) - Jamila Madeira (PS) - Dinis Costa (PS) - António Pinho (CDS-PP) - mais uma assinatura ilegível.

VOTO N.º 75/VIII
DE PESAR PELO FALECIMENTO DO PROFESSOR EDGAR CARDOSO

Morreu Edgar Cardoso, professor universitário, engenheiro ilustre, que deixa o seu nome ligado a muitas das mais importantes obras públicas deste século.
Especializou-se, designadamente, na projecção de pontes, tendo chegado a ser considerado, por especialistas de renome universal, um dos três melhores engenheiros de pontes de todo o mundo.
Foi, nesse mister, um notabilíssimo renovador de processos técnicos, não raro tendo assumido a autoria e a responsabilidade de estruturas e cálculos julgados impossíveis. Concebia as suas pontes como verdadeiras obras de arte talvez porque era também arquitecto, agilizando e aformoseando as respectivas estruturas.
Projectou, ao todo, cerca de meio milhar de pontes, em Portugal, em Macau e nas antigas colónias portuguesas, bem como em muitos outros países. Obras de arte como o Viaduto Duarte Pacheco, as pontes da Arrábida, de Vila Franca de Xira, da Figueira da Foz, a ferroviária de São João, no Porto, a ponte sobre o Quanza, em Angola, e sobre o Zambeze e o Limpopo, em Moçambique (são apenas exemplos), atestam o arrojo de concepção, a preocupação estética e a excepcional qualidade dos seus trabalhos.
Para os executores dos seus projectos foi uma permanente dor de cabeça, tal a imprevisibilidade das inovações que impunha em plena execução. Vangloriava-se de não respeitar os cânones regulamentares e, de facto, não cabia neles.
Nunca se deixou determinar pelo interesse financeiro. A sua melhor remuneração era a obra feita, a beleza e o arrojo posto nela.
Sacrificou tudo ao seu trabalho: a família - que não chegou a constituir -, relações com o poder e até amizades. De temperamento difícil e exigente, era respeitado e temido.
Leva para o lado de lá da "ponte" que acaba de atravessar a mágoa de não ter visto aprovados projectos que lhe teriam dado enormes alegrias: o da ponte sobre o Tejo, o da ponte da Ermida, o da travessia do Sado, ligando Setúbal a Tróia. Nem sempre viu compreendidas as manifestações do seu génio.
Na sua reunião plenária de 6 de Julho de 2000 a Assembleia da República rendeu sentida homenagem à memória do grande português que foi o Prof. Edgar Cardoso, aprovando por unanimidade um sentido voto de pesar.

Palácio de São Bento, 6 de Julho de 2000. O Presidente da Assembleia da República, António de Almeida Santos - Os Deputados: Maria Eduarda Azevedo (PSD) - José Barros Moura (PS) - Sílvio Rui Cervan (CDS-PP) - Luís Fazenda (BE) - Octávio Teixeira (PCP).

INQUÉRITO PARLAMENTAR N.º 5/VIII
(APRECIAÇÃO DOS ACTOS DO GOVERNO REFERENTES À PARTICIPAÇÃO DA ENI E DA IBERDROLA NO CAPITAL DA GALP, SGPS)

Eleição da Mesa

Para os devidos efeitos informo V. Ex.ª que a Comissão de Inquérito Parlamentar para a apreciação dos actos do Governo referentes à participação da ENI e da IBERDROLA no capital da GALP, SGPS, reunida no dia 29 de Junho de 2000, procedeu à eleição da Mesa, que ficou assim constituída:

- Presidente - José Rodrigues Pereira dos Penedos, do PS;
- Vice-Presidente - Jorge Manuel Ferraz de Freitas Neto, do PSD;
- Secretários - Vicente José Rosado Merendas, do PCP, e João Guilherme Nobre Prata Rebelo, do CDS-PP.

Palácio de São Bento, 30 de Junho de 2000. O Presidente da Comissão, José Penedos.