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ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
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O Secretário da Mesa
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Destinatário:
Ex. ma Sr.ª Presidente da Assembleia da República Nos últimos tempos vários membros do Governo e o próprio Primeiro-Ministro apelaram
directamente ou implicitamente aos jovens portugueses para procurarem soluções profissionais
fora do país, isto é, para emigrarem, como forma de fugirem à situação de crise e ao
desemprego.
Aquilo que deve ser sempre encarado como um último recurso, parece assim estar a ser
considerado como uma orientação política imediata, sobretudo porque o próprio PrimeiroMinistro tomou implicitamente uma posição nesse sentido ao ser entrevistado no jornal da noite
da RTP de dia 17 de Novembro, a partir de Luanda, onde se encontrava.
Esta orientação parece comprovar-se com base nas declarações explícitas de membros do
Governo como o Ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que considerou que “a
emigração de jovens qualificados pode ser extraordinariamente positiva” e que “é importante ter
uma visão cosmopolita do mundo” (dia 16 de Novembro).
Foi também o caso do Secretário de Estado da Juventude, Alexandre Mestre, que em São Paulo
(31 de Outubro) aconselhou os jovens desempregados “a sair da sua zona de conforto e ir para
além das nossas fronteiras”.
Foi o caso do Centro de Emprego de Montemor-o-Novo, que incitou dezenas de jovens a
procurar uma solução para o desemprego fora do país.
Mas o caso que causa maior perplexidade é o do próprio Primeiro-Ministro, Pedro Passos
Coelho que, ao ser interrogado sobre se aconselhava os jovens desempregados a “continuarem
a insistir em Portugal ou a irem para países como Angola, Moçambique ou o Brasil”, não
respondeu e falou sobre as dificuldades do país e a frustração que isso representava para os
jovens, uma vez que a incidência do desemprego entre os que têm menos de 25 anos, “é
extremamente elevada”. “Precisamos de fazer o saneamento da nossa economia e, ao mesmo
tempo, ir lançando as sementes para um novo crescimento da economia, que em 2013 possa
intensificar-se”, disse.
E o jornalista então insistiu: “Mas o que aconselha os jovens a fazer neste momento?”. E o
Primeiro-Ministro, mais uma vez de forma evasiva, respondeu: “Eu percebi a sua pergunta, mas
não leve a mal que eu lhe dê esta resposta”. E continuou a falar dos jovens altamente
qualificados que procuram “outros mercados e outras economias para se poderem realizar
X 1266 XII 1
2011-11-23
Jorge
Machado
(Assinatur
a)
Digitally signed by
Jorge Machado
(Assinatura)
Date: 2011.11.28
12:42:13 +00:00
Reason:
Location:
Orientações do Governo que aconselham os jovens a emigrar
Primeiro-Ministro
29 DE NOVEMBRO DE 2011
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