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7 DE JULHO DE 2017

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Manifestando igualmente concordância face à presente petição, a Fundação Robinson esclarece que se tem

«desenvolvido os mais variados contactos com altos responsáveis públicos e entidades privadas, com a certeza

de que apenas uma ação concertada poderá contribuir para que, o mais rapidamente possível, a Fundação seja

autosustentável, e possa cumprir de forma cabal a sua missão, dispensando o apoio autárquico de que tem

vindo a beneficiar e que apenas se tem destinado a financiar despesas de funcionamento, não permitindo o seu

efetivo relançamento».

Finalmente, a Câmara Municipal de Portalegre, em resposta ao pedido de informação endereçado pela

Comissão, refere que o espaço está integrado no Plano de Requalificação Urbana do Espaço Robinson,

aprovado pelo então IGESPAR, em janeiro de 2008, tendo em vista a adaptação da antiga fábrica de cortiça a

museu e a espaço cultural, assumindo aquele «os próprios edifícios como objetos museológicos e integrando

no conjunto equipamentos pré-existentes, valorizando ainda a área envolvente (marginal) e acessos, pelo que

importa reabilitar e valorizar as vias do Espaço Robinson». A autarquia informa, ainda, que têm sido celebrados

protocolos «com mais de meia centena» de entidades culturais e científicas, destinados à «continuidade» e

reforço do trabalho do Museu. Por fim, a edilidade aponta que a «reabilitação da envolvente irá possibilitar aos

públicos fazer uma nova aproximação a outras dimensões da antiga Fábrica e dos novos equipamentos de

Cultura que constituirão e que virão a integrar o Espaço Robinson».

b) Audição dos peticionários

Procedeu-se à audição dos peticionários, Luis Manuel Madeira Pargana (1.º subscritor), Manuela Cunha e

José Lopes Cordeiro, no dia 19 de abril de 2017, no início da reunião n.º 99 da Comissão de Cultura,

Comunicação, Juventude e Desporto.

Na audição anteriormente mencionada estiveram presentes, a Presidente da Comissão, Deputada Edite

Estrela (PS) e os Deputados Ana Rita Bessa (CDS-PP), António Cardoso (PS), Carla Sousa (PS), Carlos Silva

(PSD), Cristóvão Crespo (PSD), Diana Ferreira (PCP), Firmino Pereira (PSD), Helga Correia (PSD), Ivan

Gonçalves (PS), João Azevedo Castro (PS), João Pinho de Almeida (CDS-PP), João Ramos (PCP), João Torres

(PS), Joel Sá (PSD), Jorge Campos (BE), José Luís Ferreira (PEV), Luís Moreira Testa (PS), Margarida Mano

(PSD), Norberto Patinho (PS), Palmira Maciel (PS), Pedro do Ó Ramos (PSD), Pedro Pimpão (PSD) e Susana

Lamas (PSD).

A audição dos peticionários foi transposta para a ata, elaborada pelos serviços da Comissão, onde consta o

seguinte:

«Uma vez iniciada a audição, a Senhora Presidente da Comissão deu as boas vindas aos representantes

dos peticionários, Luís Pargana, Manuela Cunha e José Lopes Cordeiro, dando-lhes de seguida a palavra para

fazer uma intervenção inicial.

Os peticionários fizeram uma exposição lembrando as razões que os levaram a apresentar a petição e que

se podem sintetizar nos seguintes pontos:

- A fábrica corticeira de Portalegre, fundada em 1837, é um monumento intrinsecamente ligado à identidade

da cidade de Portalegre, onde, ao longo de dois séculos de existência, trabalharam gerações de portalegrenses.

Para além da existência de um verdadeiro laço afetivo entre a fábrica e os residentes na cidade, a Fábrica

Robinson foi também um exemplo de inovação tecnológica ao nível da transformação industrial da cortiça;

- A Fábrica Robinson desempenhou um papel eminentemente social, tendo sido a partir dela que nasceram

as primeiras corporações de bombeiros, as primeiras creches infantis, as primeiras associações mutualistas e

cooperativas de consumo, os primeiros sindicatos corticeiros e as primeiras publicações periódicas;

- Tendo marcado profundamente a identidade de Portalegre e dos portalegrenses, ocupa um espaço total de

7 hectares, situando-se em pleno centro histórico da cidade;

- A partir de 2009 foi votada ao abandono, encontrando-se num estado de degradação e em risco de ruína;