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9 DE DEZEMBRO DE 2023

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Este último esteve ao serviço da coletividade durante vinte e cinco anos e dedicava-se não só à banda

como também ao teatro musicado, ensinando operetas, revistas e programas de variedades.

Nos anos de 1955 a 1960 as crises da firma Mundet & Comp. L.da, levaram ao encerramento da sua fábrica

em Amora.

A coletividade começou assim a sentir novamente os efeitos de mais uma crise na indústria,

nomeadamente através do abandono de alguns músicos, no entanto, esta fase é coincidente com a oferta de

uma parcela de terreno, onde estava instalada a antiga fábrica Verbena e onde está hoje construída a nova

sede, património da Operária Amorense. A oferta deste terreno, foi feita por uma grande benemérita

Amorense, de seu nome Branca Saraiva de Carvalho, que também ofereceu terrenos para a cantina escolar e

ao Amora Futebol Clube.

A construção da sede foi ainda financiada por outro benemérito amorense, João Guilherme Carvalho

Duarte.

Quando a nova sede, denominada Cine Teatro Amorense foi inaugurada em 1958, apareceram os

encargos habituais obrigando os diretores a fazerem por vezes sacrifícios pessoais, pagando as reformas de

algumas letras.

Porém, o amor pelo coletivo era tal, que todos os sacrifícios eram realizados por quem corajosamente

assumia as responsabilidades. Naquele tempo a filarmónica surgia de vez em quando, ora percorrendo as

ruas da freguesia, ora atuando em dias de aniversário. Estas atividades nesta época eram dirigidas pelo

contramestre Alfetrit Simões.

Entretanto dois músicos da Banda da GNR, nesta época, destacaram-se também pelo seu enorme

contributo à coletividade, eram eles José Ribeiro e Estêvão Barrinha, este último regente da Banda de

Alcochete. Os seus afazeres profissionais não permitiram continuar pela vila de Amora e a filarmónica, uma

vez mais, parou.

Chegados ao ano de 1971, o amorense José Carlos Correia Cunha tomou a iniciativa de lançar uma

campanha junto da juventude para se inscreverem na aprendizagem da música.

Esta iniciativa foi coroada com êxito, com o apoio da direção da época, dirigida por Rui da Conceição e

Virgílio Pinheiro, que imediatamente convidaram dois monitores, eram eles Eduardo Figueiredo e Alípio

Correia, que lançaram mãos à obra. Hoje a Filarmónica Amorense é uma das mais apreciadas do País. Nos

últimos anos distinguiu-se o Maestro António Gonçalves.

Como referência cultural, esta coletividade não teve só raízes na arte musical, pois outra atividade também

se assume como de vital importância: o teatro.

É nosso profundo desejo que no futuro os seus dirigentes, sócios e colaboradores sejam portadores do

mesmo entusiasmo e sintam as coletividades como meio de autêntica união e confraternização entre mulheres

e homens de boa vontade, como o fizeram tenazmente os amorenses do passado.

Das condecorações com que foram agraciados destacam-se:

Concurso de Arte Dramática das Sociedades de Educação e Recreio Federadas, promovido pelo

Secretário Nacional de Informação (novembro 1945).

Prémio Aprumo e Disciplina e 4.ª classificada no Grande Festival de Bandas de Música Civis realizado em

Faro em 14 de outubro de 1973, promovido pela Fundação Nacional para Alegria mo Trabalho (FNAT).

Assim, a Assembleia da República saúda a Sociedade Filarmónica Operária Amorense, homenageando os

seus 125 anos de história e todos os seus sócios, trabalhadores, praticantes e membros dos corpos sociais.

Palácio de São Bento, 4 de dezembro de 2023.

As Deputadas e os Deputados do PS: Gil Costa — Eurídice Pereira — Jorge Seguro Sanches — Maria

Antónia de Almeida Santos — André Pinotes Batista — Clarisse Campos — Fernando José — Ivan Gonçalves

— Bárbara Dias — Ana Isabel Santos — António Monteirinho — Diogo Cunha — Lúcia Araújo da Silva —

Susana Barroso — Eduardo Oliveira — Sérgio Monte — Cristina Mendes da Silva — Gilberto Anjos — Fátima

Correia Pinto — Palmira Maciel — Irene Costa — Anabela Real — Joaquim Barreto — Pedro do Carmo —

José Rui Cruz — Cristina Sousa — Jorge Botelho — Norberto Patinho — Carla Sousa — Maria João Castro —