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II SÉRIE-C — NÚMERO 21

As transacções sobre obrigações apresentaram um certo equilíbrio entre mercado bolsista e mercado de balcão que abrangeram, respectivamente, 40,67% e 36,37% da quota global do mercado.

Os valores do Tesouro continuaram a ser o motor do movimento bolsista durante este ano, representando 87,5% dos valores obrigacionistas transaccionados e 46,2% do total do mercado bolsista.

Note-se, no entanto, o crescimento de 91%, entre 1991 e 1992, verificado nas transacções sobre aqueles títulos em mercado de balcão.

Durante o 2.° semestre os títulos de taxa fixa começaram a sofrer alguma redução das suas cotações, como reflexo das expectativas sobre a evolução das taxas de juro nominais e da instabilidade cambial.

No entanto, o preço médio dos títulos de dívida pública esteve acima do par, sendo particularmente notórios os preços médios dos FIP com valor nominal de 10 000$, que estiveram acima de 10 500$, atingindo nalguns casos 11 000$.

A curva de rendimento até à maturidade das OT no final de 1992, quando comparada com a do final de 1991, apresenta valores ligeiramente menores para os prazos mais curtos, quase se sobrepondo nos prazos mais longos. Em 1992 regista-se um alongamento da curva devido às emissões a cinco anos, iniciadas já mesmo no final do ano.

Ambas as curvas de rendimento têm inclinação negativa, traduzindo as expectativas dos agentes económicos na descida futura das taxas de inflação e, consequentemente, das taxas de juro.

Curva de rendimento das OT — 1992

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Finalmente, refira-se o elevado volume de transacções dos títulos na posse de não residentes, que reagiram à instabilidade do mercado, desfazendo-se dos seus stocks de divida nacional, os quais foram absorvidos pelos bancos para substituir em carteira os bilhetes do Tesouro amortizados e não renovados.

No final do ano o stock na posse de não residentes passou a ser basicamente constituido por acções, contrariamente ao sucedido no final do ano transacto.

3 — O movimento da dívida pública a cargo da Junta do Crédito Público durante a gerência

XI - Evolução trimestral da divida efectiva a cargo da Junta do Crédrtn Pubfico

No quadro 1 é apresentada a evolução trimestral da dívida em 1992, desagregada por modalidades. Nele se podem observar as principais operações sobre a dívida, englobando-se na designação genérica de «Regularizações diversas» as relativas a anulações, capitalização de juros e diferenças cambiais.

Devido à sua importância — em final de 1992 representava 77% da divida total — individualiza-se no quadro 2 a dívida amortizável interna desagregada pelas principais categorias de empréstimos.

O acréscimo global da dívida foi de 720,55 milhões de contos, sendo respectivamente de 184,4 milhões de contos no 1." trimestre, 129,9 milhões de contos no 2.° trimestre, 131,75 milhões de contos no 3.° trimestre e 274,49 milhões de contos nó 4.° trimestre.

No 1.° trimestre os empréstimos com maiores acréscimos fora os certificados de aforro (96,4 milhões de contos), o Tesouro familiar (34,67 milhões de contos), as obrigações do Tesouro (OT) (33,42 milhões de contos) e o FIP (29,41 milhões de contos).