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0006 | II Série C - Número 015S | 24 de Janeiro de 2004

 

5.2. Operações de Gestão Activa da Carteira

No início do trimestre a carteira encontrava-se numa posição longa relativamente ao benchmark. Considerando um cenário de adiamento da retoma da actividade económica, em consonância com o cenário negativo para o trimestre aprovado em Comité de Mercados, foi decidido anular esta exposição e adoptar um posicionamento curto, tendo subjacente a expectativa de continuação de descida de taxas pelos bancos centrais, que de facto se veio a verificar. Esta circunstância conjugada com os riscos associados a um cenário de inflação extremamente baixa nas economias alemã e dos EUA, contribuíram para que as taxas atingissem novos mínimos históricos.
No entanto, face ao contexto de incerteza quanto aos mínimos históricos que as taxas poderiam vir a registar, foi decidido tirar partido da volatilidade relativamente elevada dos mercados financeiros, o que pontualmente conduziu à realização de operações de alongamento da carteira.
No início do trimestre, reduziu-se a posição longa em que a carteira se encontrava face ao benchmark (nos buckets dos três anos) e criar uma posição curta nos 10 anos. Dada a confirmação da descida de taxas, a posição em aberto foi anulada optando-se por um posicionamento neutro. Neste contexto, foi decidida em Maio a cobertura total dos leilões da carteira face ao benchmark.
Com as emissões efectuadas em Junho a carteira ficou relativamente curta, o que no cenário de persistência de descida de taxas, associadas à incorporação de receios de deflação e à iminência de um novo corte de taxas pelo FED, julgou-se ser o posicionamento mais adequado.
Na implementação desta estratégia, as operações de derivados de taxa de juro ascenderam ao longo do trimestre a um montante total de 7650 milhões EUR.
Durante o trimestre em apreço, também foram realizadas operações de swaps de taxa de câmbio no valor nominal de 200 milhões USD, relacionados com a emissão de Euro Commercial Paper, que tiveram como objectivo a cobertura do risco cambial associado à emissão em USD, que apresentou condições mais favoráveis de financiamento.

5.3. Movimento e saldo da dívida pública

O saldo da dívida directa do Estado no final do trimestre, apurado na óptica da contabilidade pública, ao valor nominal e a câmbios correntes, ascendia a cerca de 80 639 milhões EUR (Quadro 4), tendo sofrido uma redução de 876 milhões EUR relativamente ao valor observado no final do trimestre anterior, ou seja, uma variação negativa de 1,1 por cento. A redução do stock da dívida ficou a dever-se essencialmente ao financiamento líquido negativo (diferença entre as emissões e as amortizações ao valor de encaixe) no valor total de 746 milhões EUR (Quadro 4).
As emissões ocorridas no 2.º trimestre do ano ascenderam a 6506 milhões EUR (Quadro 4), sendo que 66,6% desse valor representou o recurso ao financiamento de curto prazo (48,9% representada por emissões de CEDIC e 17,7% por emissões de ECP, ambos de natureza flutuante), enquanto que 27,7% correspondeu a emissões de OT.
Por outro lado, os outros movimentos da dívida registaram uma evolução favorável neste trimestre, permitindo uma redução do saldo em 130 milhões EUR (Quadro 4), que foi motivada essencialmente pela apreciação cambial do euro, cujo efeito representou aproximadamente 102 milhões EUR, bem como pelas mais e menos valias líquidas, resultantes das emissões e das recompras de dívida, que contribuíram com um ganho líquido de 28 milhões EUR.
Analisando o peso dos vários instrumentos financeiros no saldo global da dívida, constata-se que no final deste trimestre as OT enfraqueceram a sua posição, representando agora 64,7% (Quadro 4), contra 66,3% do trimestre anterior (consequência do vencimento da OT 4,8125% Abr 2003 e da OT 10,625% Jun 2003). Por outro lado, os CEDIC quase que mantêm a sua posição, atingindo no final do período 2,2% (Quadro 4), quando no final do trimestre transacto a sua expressão correspondia a 2,1%. Por fim, os CA reforçam de modo ligeiro a sua posição, passando o seu peso no stock da dívida para 19,5% (Quadro 4), quando no trimestre pretérito representava 19,3%.
No final do trimestre, a dívida em euros situava-se em 78 421 milhões EUR (Quadro 4), o que representava 97,2% da dívida total, mantendo-se estável relativamente à estrutura apresentada no final do trimestre anterior, que era de 97,3%. A dívida não negociável ascendeu a 19 183 milhões EUR (Quadro 4), aumentando ligeiramente o seu peso no saldo global da dívida, passando de 23,4 para 23,8 por cento.
Por outro lado, a dívida de curto prazo elevou-se a 2765 milhões EUR (Quadro 4), pelo que o seu peso no total da dívida aumentou de 2,1 por cento no final de Março, para 3,4 por cento no final de Junho.