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40 | II Série C - Número: 029 | 20 de Julho de 2009

flutuante, pode ser instalado a qualquer profundidade. Contudo, quanto maior for a profundidade e a distância da costa, maior quantidade de cabos eléctricos exigirá e isso terá significativa incidência nos custos de instalação. Assim, basicamente, serão apenas os custos desses cabos a razão para a determinação da profundidade de referência. Entre os 5 e os 10 km da linha da costa é possível atingir os 50 metros de profundidade. Existe uma extensão de 335 quilómetros potencialmente disponível na costa portuguesa para o aproveitamento da energia das ondas.
Ao situar a energia das ondas no contexto das energias alternativas observa-se que ondas são geradas ao largo, resultando da acção do vento ao longo do Atlântico Norte, pelo que integram energia eólica em quantidade significativa. As ondas têm estabilidade e o seu comportamento é de fácil previsão a seis dias, sensivelmente, sendo esta forma de energia mais fácil de integrar do que a eólica, com a vantagem de apresentar um impacto visual bastante inferior. Urge promover a reflexão sobre o desafio tecnológico e o valor acrescentado que advirá para Portugal, derivado do aproveitamento da energia das ondas.
A produção de energia eléctrica a partir da energia das ondas, será feita por pequenas unidades instaladas ao longo da costa, garantindo uma produção descentralizada e próxima do consumidor. As turbinas eólicas onshore poderão vir nos próximos 20 anos a ser transferidas para offshore, devido ao impacto visual que provocam na paisagem.
No que concerne ao universo de recursos humanos disponíveis, do ponto de vista técnico e científico, em Portugal, para responder ao desenvolvimento desta potencialidade oferecida pela energia das ondas neste projecto em curso, contabilizam-se cerca de 30 pessoas em regime mais permanente e cerca de 10 pessoas que acompanham os projectos apenas com contribuições pontuais, 12 investigadores no IST e 7 a 8 no INETI. Empresas como a Efacec e Martinfer, têm também já neste momento, equipas a trabalhar na energia das ondas.
Em resposta à questão da dimensão do impacto negativo dos sistemas de exploração da energia das ondas sobre a pesca tradicional, o convido esclareceu à Comissão que a pesca industrial opera para além das seis milhas, não havendo por tal motivo qualquer