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43 | II Série C - Número: 029 | 20 de Julho de 2009

geotérmicos são consequência do fluído quente do subsolo, aquecido em resultado da desintegração contínua de elementos radioactivos que entram na composição da maior arte das rochas, sobretudo granitos e cujo aproveitamento tem significado económico a nível nacional, regional, ou apenas local. Os recursos geotérmicos podem atingir temperaturas que variam entre os 20 graus e 150 ou mais graus.
Tratando-se de temperaturas entre 20 e 50 graus, é possível fazer um aproveitamento directo dos recursos geotérmicos, eventualmente com recurso a bombas de calor.
Quando a temperatura se situa entre os 50 e os 100 graus, o aproveitamento desse calor também pode ser directo, por exemplo para aquecimento de ambiente, de águas sanitárias, aquacultura, agricultura e estufa e processos industriais. Quando o calor atinge os 150 graus é possível o aproveitamento desse calor para a produção de energia eléctrica. No que se refere aos diferentes sistemas geotérmicos, o vapor seco, é uma situação relativamente rara, tendo como fonte de energia vapor seco a altas pressões, capazes de accionar turbinas produtoras de electricidade. Estes recursos integram-se no domínio público do Estado, tendo no Continente uma maior distribuição a norte do país, onde as temperaturas variam entre os 20 e os 75 graus, uma região predominantemente granítica onde se está perante um sistema hidrotermal do tipo “dominado por vapor”. Resultados de pesquisas hidrogeológicas recentes demonstraram que furos relativamente curtos se traduziam em ganhos de temperaturas consideráveis, como é o caso de Longrovia, Carvallhal ou Unhais. Este sistema “dominado por vapor” tem uma consequência prática importante, sendo possível encontrar temperaturas bastante mais elevadas do que as de emergência a profundidades muito inferiores àquelas que corresponderiam ao gradiente geotérmico normal (> 3 graus/100 metros). Em Portugal existem aproveitamentos geotérmicos instalados para a climatização de balneários termias e de piscinas públicas, climatização de hotéis, de estufas agrícolas de produtos tropicais ou captação dedicada, bombas de calor e finamente produção de água quente sanitária.