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62 | II Série C - Número: 029 | 20 de Julho de 2009

De qualquer modo, o recurso do nosso País a esta forma de energia parece ser de afastar para já. Quanto mais não seja, pelos seguintes motivos: Não é válido o argumento dos que defendem que o recurso ao nuclear iria fazer diminuir expressivamente a nossa dependência energética externa. Desde logo porque a energia nuclear nunca contribuiria para mais de ¼ das necessidades energéticas do País, já que: 1º) A energia nuclear só produz electricidade; 2º) A electricidade só representa ¼ de todas as necessidades energéticas do País; 3º) As energias renováveis já conseguem produzir actualmente 40% das necessidades eléctricas do País.
4º) Em Portugal não se produz electricidade com recurso a derivados do petróleo. Ao longo dos últimos 50 anos, a totalidade dos subsídios estatais atribuídos ao sector do nuclear rondaram os USD 145.000 milhões. Enquanto isso, os subsídios à produção a partir de Fontes de Energia Renováveis (FER) (solar e eólica) totalizaram perto de USD 5.000 milhões. Isso resulta do facto de a produção de energia nuclear ser muito cara. Se ponderarmos os custos de construção e de desmantelamento de uma destas centrais face ao seu período médio de vida, constatamos que apenas os sistemas solares fotovoltaicos são mais dispendiosos – muito embora neste último caso, os valores tendam a reduzir-se por efeito de economias de escala, face à sua expressão cada vez maior.