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3 | - Número: 028 | 10 de Maio de 2008

a) Os potenciadores de crescimento têm sido negligenciados em diversas áreas; b) Não tem sido dada a devida atenção à heterogeneidade entre os diversos Estados-membros da UE, reflectindo-se tal «desatenção» nos seus níveis de desenvolvimento e no seu grau especialização.
c) Se os pontos referidos em a) e b) forem «internacionalizados» no novo ciclo da Estratégia de Lisboa, será possível aumentar os índices de crescimento e também avaliar as «performances» de cada país com base em critérios económicos objectivos.

4. O orador seguinte foi o Comissário para os Assuntos Económicos e Monetários, Joaquim Almunia, o qual em resumo frisou o seguinte:

a) É importante que os objectivos do 2.º ciclo da Estratégia de Lisboa sejam claros, para que se lhe possa dar coerência e objectividade; b) A avaliação feita pela Comissão em 2007 em relação à Estratégia de Lisboa, identificou alguma fadiga das reformas, o que gerou em alguns Estados-membros, o seu abrandamento, apesar de existirem alguns resultados; c) Os grandes desafios continuam a ser os mesmos, ou seja, a globalização, o envelhecimento das populações, a competitividade, a inovação e a redução das desigualdades; d) Há novos desafios do presente e para o futuro, como sejam o das alterações climáticas e o da energia, sobretudo das renováveis; e) Um dos principais problemas actuais é o de estarmos perante um abrandamento económico com forte pressão inflacionista; f) As bases da economia europeia são estáveis, estão consolidadas e não haverá razões para exageros na nossa reacção. A UE tem as suas regras consolidadas e os seus estabilizadores automáticos.

5. Depois foi feita uma síntese do Relatório da Comissão do Parlamento Europeu sobre a Estratégia renovada de Lisboa para o crescimento e o emprego.
De tal síntese destaca-se:

a) Houve consolidação das orientações gerais para a política económica; b) Tem de haver uma estratégia assente em três vectores:

1.º — O da estrutura macroeconómica (estabilidade e solidez dos mercados financeiros).
2.º — O da retoma do dinamismo económico (fortalecimento da coordenação das políticas económicas, priorização das áreas e fortalecimento do mercado interno); 3.º — O investimento nas pessoas e na modernização dos mercados de trabalho (empreendedorismo e criatividade, abordagem aos ciclos de vida e política de imigração).

6. Seguiu-se um período de debate no qual participou o relator e vários dos participantes.
O relator frisou o seguinte:

a) É necessário muita cautela com a utilização da palavra «crise», sobretudo pelos responsáveis e por aqueles cuja mensagem chega aos cidadãos. A banalização da palavra «crise» tem, além do mais, efeitos psicológicos e na economia real. As dificuldades que existem não devem ser classificadas como «crise» mas sim como resultado do ciclo ou de más políticas, havendo certamente, soluções para a nova Estratégia de Lisboa para 2008/2010.
b) Há um desfasamento pernicioso entre as várias medidas previstas na Estratégia de Lisboa e os seus resultados concretos, ou seja, aqueles que são sentidos pelos cidadãos.
c) Há divergências nas várias concretizações da Estratégia de Lisboa entre os vários Estados-membros, sobretudo quanto aos «timings» em que são implementadas as medidas. Há uma Europa a várias velocidades...
d) Frisou que o problema, e deixou a questão aos oradores, é o de se saber o que fazer para que os cidadãos dos Estados-membros sintam os efeitos práticos da Estratégia de Lisboa e do seu futuro.