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7 | - Número: 012 | 10 de Janeiro de 2009

GRUPO PARLAMENTAR DE AMIZADE PORTUGAL-ISRAEL

Reunião com o Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa sobre o aprisionamento pelo Hamas do soldado israelita Gilad Shalit

No âmbito do programa de actividades e orçamento do Grupo Parlamentar de Amizade (GPA) PortugalIsrael para o presente ano realizou-se, no passado dia 11 de Dezembro, uma reunião na Assembleia da República com o Sr. Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Dr. Luís Barbosa.
Da parte do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Israel estiveram presentes o Presidente e a Sr.ª Deputada Rosa Albernaz, do PS, vogal do Grupo.
Esta reunião realizou-se no dia em que, sob iniciativa da Associação European Friends of Israel (EFI), foi assinalado pelos parlamentares eurøpeus a passagem de 900 dias sobre o aprisionamento pelo Hamas do soldado israelita Gilad Shalit, raptado no dia 25 de Junho de 2006. Na verdade, esta iniciativa procurou, com o conhecimento do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), em Genebra, na semana em que se comemorou o 60.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem, levar ao conhecimento das diversas delegações da Cruz Vermelha nos países europeus informações sobre Gilad Shalit e, bem assim, chamar a atenção do movimento Hamas para a necessidade do CICV desempenhar a sua missão humanitária junto daquele soldado.
Comecei por agradecer a presença do Dr. Luís Barbosa na Assembleia da República, informando que o Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Israel estivera presente na Conferência Política da EFI, realizada em Novembro passado em Paris, onde o pai de Gilad Shalit lançara um apelo para que a União Europeia e a comunidade internacional exercessem pressão sobre o movimento Hamas, com vista a permitir ao CICV visitar Gilad Shalit.
De seguida, o Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa apresentou alguns elementos sobre esta matéria, dos quais destacaria:

— O CICV mantém bastante discrição sobre esta matéria, porque não pode falar muito sobre o assunto, dada a necessidade de manter o seu estatuto de neutralidade; — О CICV tem realizado esforços contínuos de aproximação a Gilad Shalit, mas sem sucesso; — O Centro Carter informou o CICV que Gilad Shalit estaria vivo; — O CICV salienta que o direito de visita é um elemento crucial do direito internacional humanitário; — O CICV irá a breve trecho, eventualmente ainda este mês, divulgar um comunicado sobre o processo de tentativa de aproximação a Gilad Shalit. Todavia, existem detalhes deste processo que não poderão ser divulgados, sob pena de afectar a neutralidade do CICV; — Não tem existido reciprocidade neste processo, considerando que tem sido possível visitar os prisioneiros palestinianos em Israel, mas o mesmo não ocorre com Gilad Shalit, na Faixa de Gaza; — Este processo envolve elementos, como eventuais termos de troca (cerca de 3000 prisioneiros palestinianos por Gilad Shalit), que poderão constituir-se como um considerável óbice para a resolução deste caso; — O CICV pauta a sua conduta pela máxima prudência e inquestionável neutralidade, considerando que está uma vida humana em causa, recordando o papel fundamental desempenhado recentemente por esta instituição na Colômbia, no Afeganistão e em Myanmar.

Palácio de São Bento, 12 de Dezembro de 2008.
O Presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Israel, João Rebelo.

A Divisão de Redacção e Apoio Audiovisual.