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5 | - Número: 022 | 19 de Março de 2011

projecto comum que pretende ir além do concurso propriamente dito já que existem planos para o desenvolvimento económico de toda a região.
Finalmente mencionou as perspectivas para o desenvolvimento de Israel com a recente descoberta de jazidas de gás natural no Mar Mediterrânico. Esta descoberta poderá dar ao país uma receita de 227 mil milhões de Euros por ano. Calcula-se que as reservas possam satisfazer as necessidades energéticas de Israel para os próximos 100 anos.
Em Jerusalçm as delegações presentes foram informadas acerca da possível ―partilha‖ da cidade de acordo com as várias propostas de paz. Entre 1948 e 1967 a cidade foi controlada pelos jordanos. Desde 1967 (Guerra dos Seis Dias) que Israel controla Jerusalém onde vivem actualmente 800.000 pessoas (meio milhão de judeus e 300.000 árabes, maioritariamente muçulmanos). Para se manter o actual status quo os 300.000 árabes teriam que se tornar cidadãos de Israel o que poderia mudar o carácter eminentemente judaico do Estado.
De acordo com o Plano Clinton (2000) o que é actualmente árabe passará para controlo dos palestinianos e o que é judeu permanece israelita. No entanto, na chamada cidade velha (Holy Basin) este problema é praticamente impossível de resolver. Colocar uma fronteira na cidade velha, que tem apenas 1 km2, faria desaparecer este local tal como o conhecemos já que uma fronteira física iria destruir as características únicas de Jerusalém.
Existem também outras propostas para a Holy Basin (que goza de total liberdade religiosa): continuar tudo sob controlo israelita; passar tudo para os palestinianos; controlo partilhado com um município israelopalestiniano; soberania internacional (com o acordo das duas entidades) com um controlo total ou parcial da administração da cidade.
Actualmente a grande maioria das actividades económicas estão do lado israelita o que não facilita a tarefa de ―repartição‖ ou de onde colocar a eventual fronteira.
A abertura da Conferência este a cargo do Eurodeputado sueco Gunnar Hokmark, Presidente da EFI. O Senhor Hokmark realçou os valores da democracia, abertura e liberdade que são parte integrante do Estado de Israel. Se estes valores estivessem presentes noutros países da região existiria mais estabilidade baseada na democracia e no desenvolvimento. Manifestou ainda o apoio da EFI ao processo de paz e disse que a presença de mais de 400 Deputados neste evento é uma vitória para os que acreditam na verdade e na democracia.
Seguiu-se o discurso do Presidente do Estado de Israel, Senhor Shimon Peres. Afirmou que os últimos acontecimentos no Médio Oriente não foram o resultado nem de rebeliões armadas nem de desordens religiosas, mas revoltas espontâneas de onde surgiu uma nova geração que luta contra a discriminação e a pobreza e a favor da liberdade e da democracia.
Pela primeira vez os jovens viram a pobreza com os seus próprios olhos através da internet e pediram uma mudança, não apenas de governo mas de toda a conjuntura que os rodeia. Apesar disto não deixou de sublinhar que o contributo do Presidente do Egipto, Hosni Mubarak, foi fundamental no processo de paz no Médio Oriente.
Os países vizinhos de Israel devem ser ajudados, promovendo o seu desenvolvimento através da ciência e da tecnologia à semelhança do que sucedeu com Israel na agricultura com produções recorde graças às descobertas aplicadas através de investigação científica.
A democracia não pode ser imposta a partir do exterior, mas o investimento externo é sempre bem-vindo já que oferece modernidade e desenvolvimento. Deve ser este o caminho para o novo Médio Oriente. Mudar apenas de governo pode ser perigoso porque os grupos mais extremistas (a Irmandade Muçulmana no Egipto) podem chegar ao poder e isso não trará a paz.
Israel está a lutar contra o terrorismo. É uma luta difícil. Apesar de todas as guerras e ataques, Israel continuará a ser um país democrático. Israel saiu do Sinai e do Líbano e quer uma solução para o problema palestiniano. Essa solução só poderá ser a existência de dois Estados para que os seus povos vivam em segurança. O objectivo é a paz e não a vitória. Contudo, para alcançarmos a paz Israel tem que sobreviver.


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