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6 | - Número: 022 | 19 de Março de 2011

A Palestina terá que ser independente mas o novo país deverá ser democrático: não basta decretar a independência. Tem que existir também esperança, desenvolvimento, modernidade e democracia.
O Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, enviou uma mensagem vídeo para os participantes nesta Conferência tendo sublinhado que a Europa e Israel partilham os valores da paz e da democracia e que estes laços continuam a ser fortes. A Europa continua a estar comprometida com a segurança de Israel.
A primeira sessão da Conferência esteve a cargo do Governador do Banco de Israel, Stanley Fischer, que traçou o actual quadro da economia israelita: o país tem 7.3 milhões de habitantes, o PIB ronda os 220 mil milhões de USD e o PIB per capita atinge os 28.000 USD. Entre 2003 e 2008 a taxa de crescimento chegou aos 5%. A crise financeira mundial também afectou Israel. Em 2009 o PIB registou um decréscimo de 0.5% mas a solidez do sector industrial e financeiro – juntamente com as reformas adoptadas pelo governo nos anos anteriores – impediram que a recessão se instalasse. Em 2011 o crescimento vai chegar aos 4%. O défice ronda os 3.7% do PIB (calcula-se que em 2011 não atinja os 3%) e a dívida pública chega aos 80% do PIB.
A balança comercial está equilibrada. As exportações e as importações têm o mesmo valor (46 mil milhões de USD em 2009).
O orçamento da defesa atinge 7%. Se forem consideradas outras despesas de segurança o orçamento total para esta área chega aos 9% do PIB. O país decidiu adoptar orçamentos bianuais como forma de estabilizar a economia.
As principais fraquezas da economia de Israel são: o nível de conhecimentos dos estudantes já que no ranking da OCDE Israel tem vindo a baixar de posição; níveis alto de pobreza sobretudo nas famílias ortodoxas judaicas e em parte da população árabe onde o desemprego é bastante elevado.
Israel tem uma economia de mercado avançada baseada em produtos tecnológicos. Depende sobretudo das importações de petróleo, cereais, algumas matérias-primas e equipamento militar.
No que respeita às relações económicas com a Europa, e se compararmos as relações entre Israel e os EUA, ainda há muito a fazer. Israel é o 25º maior parceiro da U.E. nas importações (8.8 mil milhões EUR em 2009) e o 23º nas exportações (11.4 mil milhões USD em 2009). A U.E. é a maior fonte das importações israelitas e o segundo maior mercado para as suas exportações (a seguir aos EUA).
Finalmente referiu que deverá ser mantida a disciplina orçamental já que a situação económica internacional permanece incerta e não se sabe quais as consequências da crise no Egipto e de que forma isso pode vir a afectar Israel.
Usou ainda da palavra o Presidente da Câmara de Jerusalém, Nir Barkat, que evidenciou o enorme potencial turístico da cidade e o objectivo, a médio prazo, de se atingirem os 10 milhões de visitantes por ano.
A segunda sessão plenária teve como tema o boicote, sobretudo económico, a Israel. Os oradores sublinharam que se trata de uma situação emergente e que os Acordos bilaterais com a União Europeia não devem ser travados já que a Europa deve olhar para Israel como um ―parceiro civilizacional‖.
O boicote ―ideológico‖ contra Israel ç uma realidade, mas a maior arma contra este tipo de atitude ç natureza democrática do Estado e a pluralidade, abertura e multiculturalidade da sociedade israelita que desmente qualquer tipo de ―apartheid‖. Este tipo de boicote ç originado em ―grupos de pressão minoritários, radicais e violentos‖ que ―usam a democracia para lutar contra a democracia‖.
A economia deve ser colocada ―á frente‖ da política no Mçdio Oriente como forma de estabilizar e desenvolver a região.
Tiveram ainda lugar os seguintes painéis temáticos:
A água como recurso essencial: criação de parcerias e de novas formas de cooperação para um desenvolvimento mais sustentável e para uma economia agrícola ―verde‖. As inovações israelitas ajudaram o país a ultrapassar o problema da escassez de água. Estas inovações podem ser utilizadas em toda a região para promover o desenvolvimento. A partilha de soluções na área agrícola: os desafios da região são comuns, daí que as soluções encontradas por Israel para aumentar a sua produção, apesar da aridez dos solos, podem ser encaradas como um veículo para futuras formas de cooperação regional. Foram destacadas a rega gota a gota, a reciclagem de água e os métodos de purificação.


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