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7 | - Número: 022 | 19 de Março de 2011
Energias renováveis e seguras: Israel e a Europa podem colaborar ainda mais nesta área já que se trata de um sector fundamental para os países que dependem das importações de combustíveis fósseis. Ciência e tecnologia: formas futuras de cooperação entre a Europa e Israel através de programas específicos, trocas de informação e colaboração em projectos de interesse comum.

Os Deputados da delegação portuguesa dividiram-se pelas seguintes reuniões: Deputada Rosa Maria Albernaz, Deputado Horácio Antunes, Deputado Jorge Fão e Deputado José Manuel Ribeiro (A partilha de soluções na área agrícola). O Deputado José Manuel Ribeiro colocou uma questão aos intervenientes relacionada com o problema do envolvimento de trabalhadores não nacionais em grande parte das actividades agrícolas. Deputado Luís Campos Ferreira (A água como recurso essencial). Deputado José Manuel Ribeiro (Energias renováveis e seguras). Deputados Duarte Pacheco e Michael Seufert (Ciência e tecnologia).

Esta sessão plenária foi encerrada pelo Ministro da Cooperação Regional e do Desenvolvimento Regional da Galileia e do Negev, Silvan Shalom, que sublinhou as oportunidades de cooperação entre a U.E. e Israel nas mais diversas áreas, sobretudo no que diz respeito à pesquisa tecnológica e ao desenvolvimento económico.
O Deputado João Rebelo participou num painel intitulado ―Presenting Israel – Public Diplomacy‖ que tinha por objectivo juntar decisores israelitas e europeus para se tentar perceber como é que Israel é visto na Europa e o que se deve fazer para melhorar a imagem do país no exterior.
Foi estabelecido que a maioria da população europeia vê Israel como o ―agressor‖ devido á natureza das notícias meios de comunicação internacionais; os media são, geralmente, hostis a Israel; o anti-semitismo e a negação do Holocausto são outros factores a ter em conta.
O Deputado João Rebelo afirmou que em Portugal a comunidade muçulmana é diminuta, daí que o governo não tenha problemas com o radicalismo islâmico. A comunidade judaica também é bastante reduzida o que faz com que os portugueses não olhem para os problemas do Médio Oriente como um tema central das suas preocupações. Os meios de comunicação são, em geral, defensores de teses mais próximas dos palestinianos mas os principais partidos políticos defendem a existência do Estado de Israel. Existe ainda o problema, um pouco em todo o mundo, de Israel ser visto como muito próximo dos EUA o que faz com que seja também muito criticado pelos anti-americanos.
Afirmou também que a Europa tem uma opinião pública que é essencialmente ―pacifista‖; que existirão sempre franjas radicais anti-israelitas e anti-semitas; que é muito difícil defender a existência de colonatos na Cisjordânia; e que a mensagem de Israel deve ser passada de uma forma menos bélica e agressiva.
Os restantes oradores sublinharam que para a maioria da opinião pública europeia Israel não é relevante já que não existe uma ligação emocional ou cultural; o governo de Israel deve ter uma ―peacemaking agenda‖ clara à semelhança do que sucedeu aquando da retirada total da Faixa de Gaza; parte da Europa, devido à sua ―má consciência pós-colonial‖, olha para Israel como ―ocupante‖ de uma ―terra já habitada por nativos‖; e que Israel deve apresentar-se ―para alçm do conflito na Palestina‖.
Os oradores israelitas, nomeadamente os representantes do Ministério dos Negócios Estrangeiros, informaram que está a ser preparada uma ―campanha de imagem mais profissional‖ de Israel para o exterior e que irá ser feito um uso ―mais adequado‖ da internet. Serão também contratadas agências de comunicação europeias para ajudar na estratégia de comunicação em 9 missões diplomáticas na Europa.
Seguiu-se uma sessão especial sobre as ameaças terroristas a Israel: Irão, Hezzbollah, Hamas e o terrorismo global.
Os participantes sublinharam o facto de o Irão ser um financiador de grupos terroristas no Médio Oriente e na Ásia Central e de actuar como factor de instabilidade no Golfo Pérsico. Foi ainda abordado o plano de paz da Liga Árabe, a solução dos dois Estados, o regresso dos refugiados e a questão dos colonatos.
Esta sessão foi encerrada com uma intervenção do Ministro dos Assuntos Estratégicos de Israel, Moshe Yaalon. Começou por referir que o mundo árabe está á beira de um ―terramoto‖ que começou na Tunísia, alastrou ao Egipto e não se sabe onde vai terminar. Os regimes ditatoriais já não controlam a informação e as gerações mais novas estão expostas aos valores ocidentais.


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