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6 DE JUNHO DE 2015

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b) Mesa 2 – Construir um espaço cultural ibero-americano: o fortalecimento das indústrias culturais e

criativas;

c) Mesa 3 – Uma cruzada ibero-americana pela qualidade na educação;

d) Mesa 4 – A igualdade de oportunidades e a equidade de género como pré-requisito para o

desenvolvimento inclusivo e a coesão social.

Na Mesa 1 a AR esteve representada pelos Deputados Ulisses Pereira (PSD) e Hugo Velosa (PSD). O

Deputado Hugo Velosa (PSD) defendeu a importância da inovação, do investimento na inovação e da

mudança de paradigma. Referiu o papel do Estado como fundamental em determinadas áreas de

investimento, nomeadamente em áreas chave como a educação, a saúde e a inovação. Foi ainda abordada a

questão do sector público e privado e das universidades, assim como o papel de cada um.

Na Mesa 2 o Deputado Sérgio Sousa Pinto (PS) representou a AR e na sua intervenção elogiou a

diplomacia parlamentar distinguindo-a da diplomacia tradicional que é conduzida pelos Ministérios dos

Negócios Estrangeiro. Os deputados não estão investidos de uma representação governamental, a sua

liberdade é muito maior, são políticos e não diplomatas, são representantes dos povos e não de um corpo

diplomático tradicional. Considerou que atualmente estamos num processo de complexidade/diversificação

cultural. Avançar na diferença, originalidade e diversidade. Podemos iniciar este processo ao tempo dos

romanos, os povos ibéricos são um desenvolvimento da cultura latina, contribuindo para que a diferenciação

progredisse e avançasse. Apesar deste processo histórico de diferenciação, o que nos une é ainda tão

importante. Portugal como Espanha estão num processo muito ambicioso de integração europeia; muito mais

próximo de qualquer realidade ibero-americana do que com os finlandeses ou polacos com quem partilhamos

o espaço europeu. Na verdade somos um prolongamento cultural e natural da ibero-america na Europa assim

como somos a janela do ibero-americano para a Europa. A presença de Portugal e Espanha permitiu à Europa

encontrar a sua essência universalista e não apenas um processo de reorganização da Europa Central. A

ibero-america é verdadeiramente uma superpotência cultural. Riqueza na diversidade dos povos deste espaço

comum e nas duas grandes línguas como o castelhano e o português – são um verdadeiro softpower comum

(cultura e língua) ao qual se junta o fator demográfico cuja base comum será o profundo universalismo.

Os Deputados Pedro Lynce (PSD) e Mota Andrade (PS) participaram na Mesa 3 e no debate abordaram o

acesso a uma aprendizagem para a inclusão que exige recursos humanos mais preparados. A escola deve

conferir uma aprendizagem de qualidade que atenue diferenças entre estratos sociais; integração de

diferentes culturas e línguas; trabalhar com jovens com necessidades especiais; contribuir para uma

verdadeira inclusão. Muito há para fazer que exige uma solidariedade total entre todos nomeadamente através

de uma mobilidade académica entre docentes, estudantes e investigadores. Em período de crise quando é

necessário cortar recursos façamos votos que os governos tenham consciência da importância da educação

no crescimento harmonioso dos nossos países.

Na Mesa 4 a representação da Assembleia da República esteve a cargo da Deputada Carina Oliveira que

na sua intervenção destacou o exemplo português de debates políticos da atualidade e de propostas que se

encontram atualmente em discussão, algumas até já aprovadas, que potenciam o efeito da integração da

mulher no contexto laboral e que promovem a conciliação familiar entre trabalho, tão necessárias a uma

verdadeira política de igualdade entre os géneros. A conciliação entre a vida profissional e familiar é

fundamental para a sustentabilidade da sociedade, no quadro da qual se insere o estimular a natalidade. A

existência de uma secretaria de estado da igualdade foi motivo de bastante orgulho e posicionamento de

Portugal, como tendo boas praticas e ainda verdadeira representação institucional destas matérias. Referiu

ainda o Relatório de autoria de Joaquim Azevedo sobre medidas de promoção da natalidade, apoio à mulher e

às famílias, e elencou essas preocupações que mereceram reparos muito positivos dos países da América

latina.

Em conformidade com a agenda de trabalhos, foram apresentadas ao plenário as linhas gerais das

conclusões das mesas de trabalho, a saber: Mesa 1 – a economia do conhecimento é geradora de riqueza no

contexto global; Mesa 2 – o espaço ibero-americano deve ser encarado como uma superpotência cultural;

Mesa 3 – devem promover-se modelos pedagógicos que permitam um melhor desenvolvimento educativo;

Mesa 4 – a igualdade de género é peça basilar no desenvolvimento económico-social de todas as sociedades.