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6 DE JUNHO DE 2015

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nossa memória cultural, refleti-la e expandi-la no futuro. Temos que prosseguir este caminho, desenvolvendo e

partilhando as nossas práticas cientes de que este é um legado importante q devemos deixar às novas

gerações.

Sobre a qualidade na educação tomemos como referência o relatório de monitorização global da Educação

para todos, publicado pela UNESCO em janeiro deste ano, em que, a educação é reconhecida como o

sustentáculo do desenvolvimento num mundo em rápida mudança. O caminho passa pelo investimento na

formação dos professores e por reformas que permitam o fortalecimento da educação para todos equitativa e

de qualidade.

É importante que retiremos destes fóruns ensinamentos que possam ser replicados no espaço ibero-

americano que integramos.

Sublinhando agora o tema da Inovação, recordamos o Programa de Ação da XIX Cimeira ibero-americana

de chefes de estado e de governo, que teve lugar em Portugal em 2009 – os objetivos mantêm-se atuais:

incrementar a competitividade ibero-americana em particular das PMEs num novo cenário económico de pós-

crise e contribuir para a construção de um modelo de apropriação social e económica de conhecimento mais

equilibrado no âmbito das sociedades ibero-americanas. Nos últimos anos, de forma associada à crise, ou

melhor às opções políticas necessárias para a ultrapassarmos, temos assistido a alguma dialética redutora. De

um lado, os alegadamente defensores das medidas de austeridade, do aumento de impostos e da redução do

investimento público. Do outro lado, a tese das medidas de estímulo à economia, do combate ao desemprego

associando um incremento do investimento público a qualquer preço, ou seja, mesmo à custa do

endividamento interno e externo. As nossas economias precisam de crescer, mas tal deve acontecer de forma

sustentada com base em finanças públicas equilibradas, investimento público seletivo, a realizar-se sem

agravamento da dívida pública e criando condições de atração de investimento interno e externo,

designadamente por via fiscal e facilitação do financiamento, simplificação dos procedimentos e

desburocratização proporcionando condições para uma maior criação de emprego.

Ou seja, é importante encontrar em conformidade com as condições próprias de cada um dos nossos

países um meio-termo ou ponto de equilíbrio das duas teses que quando extremadas, num sentido ou noutro,

como temos visto, tornam-se meramente teóricas ou académicas.

Mas importa referir que a todos se nos impõe otimizar todos os recursos ao nosso alcance neste espaço

ibero-americano. Que a todos e cada um dos nossos países proporciona alargando reciprocamente o já vasto

mercado com profundos laços de união histórica e afinidades linguísticas e culturais que partilhamos. Cabe-

nos como responsáveis políticos saber reavivar estes nossos encontros e cimeiras, todo este acervo secular

envolvendo pragmaticamente as sociedades civis dos nossos países, designadamente os empresários e os

agentes económicos em geral para, lançando mão das novas tecnologias que nos permitem trabalhar em rede

e que mais facilmente nos aproximam, tirar com reciprocidade e cooperação a necessária utilidade e as mais-

valias que podemos proporcionar aos nossos cidadãos.

No plano bilateral e estando aqui no México não posso deixar de recordar que Portugal e o México

comemoram este ano 150 anos de relações diplomáticas, o que tem dado lugar a vários eventos em cada um

dos nossos países comemorando este acontecimento. Ainda há pouco mais de uma semana, Portugal fez

deslocar aqui, ao México, uma delegação chefiada pelo Vice-Primeiro Ministro em que se integravam o

Ministro da economia e 50 empresários, o que se traduziu num promissor sucesso para os nossos dois países.

Na mesma linha vão muitas outras iniciativas bilaterais entre Portugal e cada um dos países amigos que

integram este fórum. Queremos dinamizar e valorizar.

No que diz respeito à igualdade de oportunidades e à equidade de género como pré-requisito para o

desenvolvimento inclusivo e a coesão social, ainda são muitas as adversidades não apenas no espaço ibero-

americano, mas um pouco por todo o mundo.

O combate institucional pela igualdade de género passa, também, em muitos casos, neste mosaico variado

do nosso espaço e do mundo, por uma mudança de mentalidades.

Torna-se imperioso agir sobre a vivência pessoal de cada um o mais cedo possível, criando e divulgando

guiões com especial enfoque na educação de género e cidadania, e que possam proporcionar, país a país, a

pedagogia indispensável ao fortalecimento das bases de um mundo que todos desejamos equilibrado e mais

justo!