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9 DE NOVEMBRO DE 2018

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como um maior enfoque nas reformas necessárias, especialmente nas reformas judiciais. Terminou, referindo

ter 36 anos e lamentando que, apesar de há 15 anos estar envolvida no processo de integração, não acreditar

que tal venha a acontecer na sua geração.

Sidonja Manushi, do Instituto Albanês de Estudos Internacionais, reiterou as reflexões dos anteriores

oradores, referindo que, na Albânia, as preocupações e expetativas são idênticas. Sublinhou que, por enquanto,

o apoio da sociedade civil ainda é grande, mas não deve ser dado como garantido. Defendeu a necessidade de

continuação das reformas, salientando os progressos alcançados em diversas áreas, como a judicial e as boas

relações de vizinhança e expressou a sua opinião de que o processo de adesão da Albânia deveria ocorrer em

simultâneo com o da Macedónia.

Jelica Minić, do Movimento Europeu Sérvio, referiu que o apoio dos parlamentares era essencial para o

processo de integração. Congratulou-se com o facto de, pelo menos metade dos Estados-Membros, apoiar o

processo de alargamento, mencionando a necessidade de lutar pelo apoio da outra metade e defendeu que a

falta de comunicação constituiu o principal problema. Salientou que, em alguns setores, como a gestão da crise

migratória, a energia e a conectividade a UE já inclui os seus parceiros dos Balcãs Ocidentais, sendo necessário

um maior envolvimento também em outras áreas. Terminou, alertando para o perigo de se deixarem outros

atores, como a Turquia, a Rússia, a China, a India ou alguns países árabes ocuparem o espaço deixado vago

pela UE.

Momčilo Radulović, do Movimento Europeu do Montenegro, começou por lamentar o pouco de tempo de

intervenção que lhe foi concedido. Continuou, referindo que, apesar de o seu país estar a fazer o melhor possível

para alcançar os standards europeus, o mesmo não se verifica por parte da UE. Na sua perspetiva, todo o

processo está a decorrer tarde de mais, com pouca ambição e de forma inadequada, parecendo que as reuniões

no Montenegro são mero turismo de integração.

Lejla Ramić–Mesihović, da Iniciativa de Política Externa de Sarajevo, partilhou a existência de uma indústria

cinematográfica e de tecnologias de informação no seu país, oferecendo a partilha de experiência nesta área.

Referiu que a Bósnia - Herzegovina estava sujeita a uma gestão pós-crise, com o envolvimento da UE, cuja

ambiguidade lamentou.

Seguiu-se uma fase de debate, na qual se registaram novas declarações de necessidade de cooperação

com os Balcãs Ocidentais, nomeadamente por parte das Deputadas italianas Sabrina de Carlo e Simona

Vietina.

Georgius Pallis, do Parlamento helénico, salientou a influência benéfica da UE nas relações bilaterais,

exemplificando com o caso do seu país com a Bulgária. Recordou que a UE não é a lacarte, não podendo os

seus valores ser tomados por garantidos, sem o devido esforço. Recordou que a Grécia também fazia parte dos

Balcãs e pediu o apoio de todos na gestão das migrações.

Registou-se, nesta fase de debate, uma intervenção doDeputado Vitalino Canas que, recordando que

Portugal é dos países mais europeístas e abertos a novas adesões - podendo até fazer parte de um “núcleo

duro de europeístas”, se tal existisse - aproveitou a intervenção para manifestar a sua discordância quanto ao

referido pelo colega belga em sede de debate na sessão anterior. Com efeito, embora partilhando a opinião do

Deputado Dirk Van der Maelen, quanto à necessidade de uma Europa forte, quer internamente, quer na cena

internacional, defendeu que tal deve acontecer com os Balcãs Ocidentais dentro - e não fora - da UE, opinando

no sentido de que os Balcãs Ocidentais precisam de ser fortes dentro da UE e a UE será mais forte com eles.

6. Sessão 4 – A importância da cooperação interparlamentar e regional para acelerar as reformas nos

países da adesão

A sessão teve início com uma alocução do MEP Georgi Pirinski, que recordou que, em 2008, foi decidido

cosntituir, na Bulgária, um Secretariado Regional de Cooperação Interparlamentar, que evoluiu para uma

assembleia parlamentar. Sublinhou, no entanto, que este foro de debate não está completamente desenvolvido,

sendo necessário que tal aconteça, nomeadamente através do seu envolvimento nos debates sobre o futuro da

Europa e conferindo aos parlamentos um papel ativo no processo de integração.

Milan Brglez, Membro do Parlamento esloveno e representante da Assembleia Parlamentar do Processo de

Cooperação do Sudeste Europeu, começou por aludir às diferentes crises vividas na UE, de certa forma, também

diminuíram o ritmo dos processos de adesão. Neste contexto, salientou que a cooperação regional poderia ser

uma alternativa válida para fazer avançar os processos, nomeadamente numa abordagem a áreas concretas,