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25 DE MARÇO DE 2022

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Mas queremos reconstruir a Ucrânia. Para reconstruir a vida de quem quer ir para o seu país. Para as suas

famílias!

As piores consequências já estão nas suas memórias. Nas nossas memórias. As memórias daqueles que

perderam o direito de estar em casa, no seu país. O direito de ir à escola. O direito de brincar na rua. O direito

de ter um emprego. O direito de estar com os que amam. As memórias dos mísseis a destruir as suas cidades.

As memórias de sirenes a soar a todo o tempo. A memória da perda da sua dignidade.

Esta situação perturba a paz de oitenta anos após a segunda guerra mundial. Agora podemos estar a

assistir a uma guerra poderosa que trará de volta o medo de estar vivo e de ser livre.

Senhora Presidente,

O poder da OSCE, o único poder que realmente importa é garantir a paz.

Vamos fazê-lo agora! Pela Ucrânia. Pela Europa. Pelo mundo. Por todos nós!

Obrigada.

Para além da Delegação da Assembleia da República, tomaram a palavra as Delegações da Ucrânia,

Polónia, Noruega, França, Roménia, Canadá, Suíça, Finlândia, Lituânia, Bélgica e Bielorrússia e também os

Antigos Presidentes da APOSCE, Adrian Severin (Roménia) e George Tsereteli (Geórgia).

De destacar também a intervenção dos parlamentares da Ucrânia, Nikyta Poturaiev, Grygoriy Nemyria,

Pavlo Frolov e Artur Gerasymov que apelaram veementemente para que os países deixem de importar bens

da Rússia e para que as empresas terminem de vez com os seus negócios naquele país, bem assim como

sanções económicas mais fortes, embargo às empresas russas, arresto de bens de propriedade de russos,

mais armas defensivas para a Ucrânia, entre outras. Salientaram o massacre de Mariupol e alertaram para o

facto de estarem certos de que mais massacres se vão seguir. Sublinharam a força da Ucrânia para parar

Putin e a Rússia e que são os ucranianos que neste momento estão a para a invasão de mais territórios para

além das fronteiras da Ucrânia. Pediram para que uma delegação da OSCE vá a Kiev para verem in loco.

A Deputada Barbara Bartus, da Polónia, disse que Putin não quer diálogo e que o diálogo só pode começar

quando a Rússia sair da Ucrânia e deixar de matar civis. Falou também sobre os refugiados que chegam aos

milhares todos os dias à Polónia e na capacidade que se está a esgotar para os acolher.

A Bielorrússia na sua intervenção disse que «desejamos a paz e que tudo fazemos pela paz».

Todos os países que intervieram condenaram veementemente a guerra na Ucrânia e expressaram

preocupação pela morte indiscriminada de civis, nomeadamente crianças e mulheres.

Expressaram também muita preocupação de a invasão russa se poder expandir a outros territórios para

além das fronteiras da Ucrânia.

Assembleia da República, 23 de março de 2022.

A assessora parlamentar, Ana Margarida Isidoro.

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