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altamente complexo e com uma forte interligação entre diversos atores e fenómenos,

gostaria de destacar um fator que nem sempre é evidenciado, a relação entre

migrações e clima, bem como o desafio de segurança que as alterações climáticas

inevitavelmente produzirão. A UE deve reforçar a sua capacidade de prospetiva

estratégica neste domínio, identificando e antecipando tendências e movimentos

migratórios que resultem dos fenómenos climáticos e adaptando a sua resposta em

conformidade, incluindo nas parcerias internacionais em matéria climática. Além deste

debate que hoje aqui faremos, é essencial que todos estes temas sejam discutidos

também no âmbito da Conferência sobre o Futuro da Europa. Por essa razão, a

Assembleia da República, no contexto dos eventos nacionais que está a realizar em

Portugal, dedicou o primeiro desses eventos precisamente ao tema das Migrações e

Parcerias Internacionais. Foi uma ocasião importante para debater com os jovens, com

os cidadãos e com a sociedade civil estas matérias e foi gratificante constatar um amplo

consenso em torno destes desafios. As migrações representam um desafio de

sociedade, que requer respostas ambiciosas de todos nós, das Instituições Europeias,

dos Governos e dos Parlamentos Nacionais, da Sociedade Civil. É este o motivo pelo

qual nos reunimos hoje e para o qual podem continuar a contar com o ativo

envolvimento do Parlamento de Portugal. Muito obrigado pela vossa atenção.”

No seu discurso de apresentação, Margaritis Schinas, Vice-Presidente da Comissão

Europeia para a Promoção do Modo de Vida Europeu, realçou a importância e o

relevo desta Conferência. Identificou os esforços que estavam a ser adotados na

fronteira a leste da UE, informando que tinha visitado esta mesma fronteira e que sabia

que esta atuação era um ataque híbrido da Bielorússia à União. Destacou que a forma

como a União reagiu a este desafio estava a ser um êxito, realçando que a Comissão

Europeia tinha vindo a trabalhar na forma como ajudar os Estados-Membros,

nomeadamente, através do fundo da Proteção Civil e com a mobilização das agências

europeias para os locais de maior pressão. Referiu que tinha sido suspenso o acordo

de vistos com a Bielorússia, assegurando, no entanto, que cidadãos inocentes não

seriam afetados. Informou que, muito brevemente, seria proposto um código de

proteção de fronteiras, para lidar com a instrumentalização do tráfico e respetivas

consequências. Concluiu dizendo que havia lições a tirar da resposta da UE à crise da

Bielorrússia e que era necessário reagir o mais rápido possível às propostas que

II SÉRIE-D — NÚMERO 4 _____________________________________________________________________________________________________________

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