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12 DE JUNHO DE 2023

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Não existe ambição, justificação suficiente para o sofrimento imposto ao ser humano, a morte de crianças,

mulheres, idosos e jovens; a razia e aniquilação de populações inteiras e o lançar de homens de peito aberto

às balas.

Há um ano que milhões de mulheres e crianças, idosos, vivem sem eletricidade, no frio, com dificuldades

de alimentação, de assistência médica, frequência de escola e educação, e muitas crianças sem o amor de

um lar; pior, é inaceitável milhares estão a morrer.

Eu conheci um pintor, mais de 60 anos. Também era professor e tradutor; agora, opera uma unidade de

artilharia na frente de guerra. Mantemos contacto e ele conta-me como está a pintar o que vê, a pintar a

guerra. A família ficou para trás.

Também conheci dois irmãos, rapariga e rapaz, menores de 18 anos. Vivem agora em Portugal com os

tios. Fugiram da guerra, os dois sozinhos. Conheci o tio, numa estação de serviço no meio da França, de

madrugada, quando liderava uma coluna de autocarros há um ano para recolher refugiados ucranianos em

Varsóvia e trazer as pessoas para Portugal. E levamos os irmãos para Portugal, tal como muitas mais

pessoas.

Todos os refugiados foram acolhidos em famílias portuguesas e ucranianas a viver em Portugal.

Em Portugal vive uma forte comunidade ucraniana há mais de 30 anos; eles são luso-ucranianos, têm

nacionalidade portuguesa, os filhos nasceram em Portugal e são portugueses. Estas pessoas são parte de

nós, integram o nosso País, a nossa sociedade, fazem parte da nossa cultura e da nossa herança e identidade

milenar.

Atualmente, vivem em Portugal 100 000 ucranianos, entre famílias já nacionais e refugiados de guerra.

Portugal nunca vai desistir destas pessoas por uma qualquer conveniência ou vantagem; Portugal tem uma

história global e o mundo conhece-nos. Aqui mesmo podem encontrar património no Bahrain inicialmente

construído pelos nossos antepassados.

Os ucranianos a viver em Portugal são nossos vizinhos, trabalham ao nosso lado, os filhos frequentam as

escolas dos nossos filhos, brincam todos juntos e são nossos amigos para a vida.

Não existe forma ou maneira de Portugal desistir da causa ucraniana.

Por isso, poderão sempre contar connosco, apoiando a causa através do envio de tanques e material

militar, treino e preparação, voluntários médicos e apoio humanitário, acolhimento de famílias refugiadas da

guerra e o que mais estiver ao nosso alcance.

Não existe condescendência para quem quebra os princípios humanitários e da humanidade, a declaração

universal da Nações Unidas, o respeito pelas nações e pelo ser humano.

Parece-me bastante evidente que a Ucrânia não vai quebrar, os ucranianos não vão quebrar e esta guerra

não vai ter o Sr. Putin como vencedor. Não é possível.

O povo ucraniano está a sofrer, o povo russo também está a sofrer. Milhões de pessoas, muitos milhões de

pessoas estão a sofrer, vítimas de um jogo de guerra, vítimas de ambições desmedidas e de alguém que,

longe do teatro de operações, afastado do sangue e da guerra, vai decidindo o destino de milhões de seres

humanos.

A guerra na Ucrânia tem de parar! A Rússia e a Ucrânia têm de acordar um cessar-fogo imediato para

poupar vidas e parar com a destruição.

Ou é assim ou o mundo continua a caminhar para a sua perdição e o ser humano não consegue aprender

e evoluir.

Não existe perdão possível quando se infringe a dor, o sofrimento e a morte a homens, mulheres e

crianças.

No fim de tudo, somando e descontando, o povo russo não ganha o suficiente com esta guerra e perde

muito mais, porque a vida humana não tem preço nem pode ser apreçada. Portanto, a fatura que é imposta à

Ucrânia e à Rússia é demasiadamente incalculável para ser compensada com a guerra. A guerra não

compensa. Slava Ucraini.»

A Deputada Vera Braz fez a intervenção no debate geral na qualidade de Deputada jovem e referiu que:

«Não podemos falar de sociedades inclusivas e da promoção de uma coexistência pacífica, sem que todos

reconheçam o papel dos jovens na construção de uma sociedade segura, coesa e harmoniosa.