O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

666 | - Número: 016S1 | 30 de Janeiro de 2010

A gestão da carteira continuou a ser efectuada por comparação com um benchmark. Esta referência pretende-se representativa da composição de médio longo prazo do Fundo. No entanto, durante 2008, apenas cerca de 40% da carteira esteve a ser gerida contra o benchmark (face a cerca de 97%, em 2007) uma vez que ainda estava a proceder-se ao rebalanceamento da componente de Dívida Pública Portuguesa (passagem de valorização em convergência para valorização a mercado)1, e as componentes de Imobiliário e Dívida Privada não dispunham de meios humanos afectos em permanência2. Como anteriormente referido, apesar da rendibilidade do Fundo ter sido negativa (em 3,86%), foi superior à da carteira benchmark em 0,13%.

Os custos de gestão, de transacção e de custódia, medidos em percentagem do montante médio sob gestão (€ 7.764,6 milhões), aumentaram ligeiramente, de 0,057% em 2007 para 0,059% em 2008. No entanto, deve ter-se em consideração, quando se comparam com custos de outros fundos, que não está a ser efectuada uma gestão activa das componentes de Imobiliário, de Dívida Privada e de Small Caps, que o grosso da componente de Reserva Estratégica não é mobilizável e que a opção por uma gestão indexada a um benchmark não tem, em teoria, a exigência de meios humanos e competências técnicas de uma gestão activa da carteira que recorre, por exemplo, ao stock picking3.

Sobre algumas medidas de gestão ponderadas e/ou tomadas ao longo de 2008, importa destacar o seguinte:

 De acordo com a informação disponibilizada pelo Instituto, percebe-se que a relevância atribuída, em 2008, à gestão do risco de falência das contrapartes levou a que fossem tomadas medidas com vista à diversificação deste risco, limitando o montante de exposição de cada banco a 1% do Fundo e utilizando Bilhetes do Tesouro, redução da utilização de contratos de futuros, dando preferência a fundos passivos e Exchange Traded Funds (ETF) face a produtos estruturados indexados;  A reestruturação da carteira iniciada no segundo semestre de 2008 no sentido de privilegiar novos instrumentos de investimento colectivo com carácter passivo proporciona uma desejável diversificação dos investimentos com custos de comissões e despesas relativamente reduzidos.
No caso dos ETF, a minimização do risco de contraparte implica a utilização de instrumentos réplicas originais4 e não sintéticos5;  A possibilidade de recorrer a mandatos externos de gestão de parcelas do Fundo tem vindo a ser analisada nos últimos anos. Os trabalhos do Conselho Directivo do IGFCSS com consultores técnicos e jurídicos para preparar um concurso público para seleccionar gestores externos (10% da carteira do Fundo, com o mesmo benchmark interno do IGFCSS) acabaram por culminar na suspensão do projecto, uma vez que a conclusão apontou custos superiores aos 1 A 31 de Dezembro de 2008 representava 55,9% da carteira do Fundo.
2 No Relatório e Contas de 2008 ç dito que “No final do primeiro trimestre, em resultado da avaliação dos recursos internos, o IGFCSS, IP restringiu a sua área de actuação a investimentos em dívida governamental e em acções de grande capitalização dos principais blocos económicos da OCDE (Zona Euro, Reino Unido, Estados Unidos e Japão), identificando como segmentos de investimento para gestão externa complementar os investimentos em obrigações de dívida privada e em acções e menor capitalização, com a consequente alteração dos Índices de aferição utilizados no cálculo do valor do benchmark.”.
3 Stock Picking implica estudar os títulos alvo de investimento e seleccionar, de forma individualizada, as acções com maior potencial de valorização. Nesta prática o técnico utiliza uma forma de análise sistemática para concluir que uma determinada acção constitui um bom investimento, devendo, por isso, ser adicionada à carteira.
4 ETF em que a sociedade gestora detém efectivamente os activos que integram o índice replicado.
5 ETF que se socorrem de instrumentos como os SWAPS para gerar um padrão de rendibilidade similar aos índices que copiam.