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2 DE JULHO DE 2012

Evolução da Produção dos Relatórios Internos de Notícia do Departamento A, 2011

Como vem sendo prática, os relatórios repartem-se por dois grupos, não estanques, se analisados os seus conteúdos: 1. Relatórios centrados em zonas geográficas específicas; 2. Relatórios de temática suprarregional.
Os relatórios de base geográfica centraram-se em regiões de interesse estratégico para Portugal, nomeadamente as que podem afetar a economia nacional e a sua segurança. Incidiram, igualmente, nos teatros de operações onde existem contingentes militares portugueses integrados em forças multinacionais.
Foram tidas em especial atenção informações de cariz político, económico, social e de segurança, com enfoque particular nas zonas de conflito declarado, como os países onde se desenvolveu a chamada “Primavera Árabe”, sobretudo naqueles situados na orla sul do Mediterràneo, onde Portugal possui interesses económicos ou dependência energética, e ainda na região do Golfo (Pérsico ou Arábico). Foram ainda monitorizadas outras zonas onde a situação pudesse vir a conduzir à eclosão de luta armada ou tensões sociais, procedendo-se a uma apertada monitorização desses teatros.
Os relatórios de cariz suprarregional (ou de apreciação e monitorização globais) centraram-se em temas que ultrapassam o âmbito de um país, e cuja compreensão requer o alargamento da base geográfica, ou mesmo a análise de ações que envolvam grupos transnacionais sem base geográfica específica. Especial importância é conferida à área económica, caracterizando-se as potenciais ameaças, e dentro desta os problemas suscitados pelo acesso aos recursos naturais, incluindo a questão energética. Uma outra vertente a que se deu relevância foi a do terrorismo (nas suas várias vertentes, mas sobretudo o de inspiração islamista) e a criminalidade organizada transnacional, que muitas vezes a ele está ligada, nomeadamente no que respeita ao seu financiamento. Associada está a questão da expansão do islamismo radical e a sua predicação, especialmente entre as comunidades estabelecidas em território europeu. Finalmente, as questões de segurança e defesa, a atividade de serviços de informações de países terceiros e a proliferação de armas NBQ (Nuclear, Biológica e Química) ou Armas de Destruição em Massa (ADM).
A Criminalidade Organizada foi objeto de acompanhamento continuado. Os Serviços tiveram especial atenção ao modus operandi de várias organizações ligadas à criminalidade transnacional, nomeadamente as redes de imigração ilegal e ao tráfico de pessoas. O mesmo se verificou com os sistemas de financiamento dessas redes. A pirataria marítima, que continua muito ativa junto às costas somalis, e onde estiveram presentes plataformas marítimas nacionais, mereceu alguma análise aprofundada.
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