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intervenções florestais consistiam essencialmente na instalação e condução dos povoamentos,

na proteção da regeneração natural ou das plantações e na manutenção da sanidade vegetal.

Por sua vez, a SRH Dunas Litorais e Baixo Mondego era considerada uma importante zona

húmida com necessidades especiais de proteção contra a erosão eólica, ambiental,

microclimática e da rede hidrográfica. Assim, a importância destas potencialidades refletia-se na

hierarquização das funcionalidades desta sub-região: 1ª: proteção; 2ª: recreio, enquadramento

e estética da paisagem; 3ª: conservação de habitats de flora e fauna. As zonas do Tremelgo,

Formosa e envolvente à Ribeira de S. Pedro de Moel, foram consideradas como alguns dos mais

belos locais da mata e até mesmo do concelho, dado que aí podiam ser encontradas diversas

espécies florestais, algumas bastante invulgares, como é o caso dos taxódios.

Em termos cinegéticos é de referir a existência na MNL da Zona de Caça Municipal da Marinha

Grande e de Vieira de Leiria.

No PGF ainda em vigor, preconiza-se nos espaços florestais de proteção da rede hidrográfica, a

substituição gradual do acacial existente através da instalação de folhosas diversas, como

amieiros, freixos, salgueiros, choupos e quercíneas. Acresce que, na área definida como espaço

florestal de proteção do cordão dunar, se previa a plantação de pinheiro manso de modo a

favorecer a fixação das areias, conferindo uma maior proteção ao solo, promovendo a

diversidade da fauna e flora associados a esse espaço.

No que se refere às normas de exploração, foi adotado o termo de explorabilidade de 70 anos,

em virtude de apresentar os melhores resultados na obtenção da normalidade, tendo sido

substituído o anterior termo de explorabilidade de 80 anos, devido à dificuldade em atingir essa

normalização. O PGF considera que na MNL, povoamentos puros de pinheiro bravo devem ser

conduzidos em regime de alto fuste regular, sendo a sua condução feita através de cortes

culturais. Quanto aos cortes de realização, preconiza-se o corte raso dos povoamentos, sendo a

sua renovação feita através da regeneração natural.

Na altura da elaboração do PGF, a MNL apresentava uma perigosidade de incêndio florestal

muito variável, o que transparece também na classificação e mapeamento do Plano Municipal

de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI) do Município da Marinha Grande. Assim, o

PGF da MNL indica que cerca de 50% da MNL apresentaria um grau de perigosidade que ia de

baixo (25%; 2.792,20 ha) a médio (25%; 2.813,81 ha), sendo que 23% da área era indicada como

de perigosidade alta (2.514.84 ha), 18% com uma perigosidade muito alta (1.985,10 ha) e apenas

9% (939,33 ha) apresentariam um grau muito baixo de perigo de incêndio (AFN, 2010). Na

verdade, a metodologia empregue na avaliação da perigosidade de incêndio não permite

classificá-lo objetivamente e de forma fundamentada. Uma simulação do comportamento do fogo

efectuada para as condições correspondentes ao percentil 93 do perigo de incêndio histórico na

região (Botequim et al., 2017), e que corresponde àquelas verificadas durante o incêndio de

15 DE OUTUBRO DE 2020______________________________________________________________________________________________________

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