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9. Incluir no Relatório todas as entidades do SGIFR a nível nacional, incluindo a própria AGIF,

e as entidades a nível municipal ou intermunicipal;

10. Ter em consideração as recomendações e sugestões feitas por este Observatório na

produção de novos Relatórios de Atividade do SGIFR.

3.5. Estudo Técnico – Análise de indicadores de desempenho do Sistema de

Defesa da Floresta contra Incêndios na transição (2018-2020) para o

Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais | dezembro 2020

Este estudo conduziu às seguintes conclusões:

Os resultados das políticas e práticas de gestão do fogo dependem do contributo relativo do

clima-meteorologia, ignições e vegetação (combustível) para o regime de fogo, sabendo à partida

que a influência humana está limitada ao segundo e ao terceiro aspetos. Os últimos 20 anos

caracterizaram-se por um decréscimo continuado do n.º de ignições e enorme variação da área

ardida anual em Portugal, muito dependente da variabilidade interanual das condições

meteorológicas. Com efeito, e à semelhança de outras regiões do mundo, a variabilidade

interanual da área ardida aumentou progressivamente ao longo do período 1984-2018 como

resultado do efeito combinado entre alterações climáticas, aumento da continuidade do espaço

florestal e aposta continuada na resposta à ocorrência de fogo em detrimento da sua mitigação

por intervenção no território. A pressão seletiva (ou feedback positivo) que daí resulta desloca a

distribuição do comportamento do fogo e da dimensão dos fogos para o extremo da sua

severidade, deslocação essa que é potenciada pela combinação entre paisagens

crescentemente vulneráveis e condições meteorológicas cada vez mais favoráveis a grandes

incêndios.

Menos de um por cento das ignições causa cerca de 80% da área ardida total em Portugal, uma

desigualdade que é comum a qualquer região do mundo onde opere um sistema de pré-

supressão e supressão do fogo. Verificámos que:

• A distribuição da superfície queimada por classe de dimensão das ocorrências de fogo rural

se manteve sem alteração de 2008-2017 para 2018-2020;

• Contudo, foi notória a maior robustez do SDFC no período mais recente, uma vez que o

reforço da prontidão e resposta ao fogo se materializou no aumento do índice de perigo

meteorológico de incêndio a partir do qual é expectável a ocorrência de fogos ≥1 e ≥100 ha.

A fim de comparar o mais objetivamente possível os resultados alcançados em 2018-2020 face

aos 10 anos anteriores modelou-se a variação de 14 indicadores de piroatividade com os dados

de 2008-2017. Da aplicação dos modelos ao segundo período resultou a quantificação relativa

(%) do desempenho à escala anual e para os dois períodos. Os resultados mostram que:

15 DE JANEIRO DE 2021______________________________________________________________________________________________________

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