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concentração de pessoas e de viaturas. Já em Lisboa fizemos o mesmo, ou seja, a loja do cidadão de Lisboa é perto do Estádio da Luz, e eu sou insuspeito, porque, como todos sabem, sou do Sporting, e aí existe metropolitano, essas coisas todas e local para estacionar ao lado da Fundação Aga Khan e, ainda por cima, é um edifício excelente.
No que diz respeito às duas lojas, a de Lisboa e a do Porto, têm aí vários milhões de contos do ano passado e deste ano para colocar em funcionamento estes serviços. E por quê uma aposta tão grande também na informática utilizada neste sistema? Porque se optou por um sistema extremamente avançado que permitirá ter aqui já montado tudo aquilo que poderá servir de apoio a todas as lojas que vão ser instaladas no País no futuro. Ou seja: à medida que se vai avançando com a abertura de mais lojas, não é preciso continuar a investir em mais potência em termos informáticos, porque isto é um assunto resolvido de vez.
Vai haver um plano nacional de instalação nas capitais de distrito. É nossa ideia que isso aconteça, e neste momento já nem poderão pôr a questão se começaremos pelas regiões metropolitanas, porque já vão ser instaladas. Portanto, vamos começar pelas capitais de distrito, não estando ainda definidas quais são as próximas, mas haverá um plano em que se ficará a saber qual é a cadência, que terá a ver, necessariamente, com a utilização que os serviços da Administração Pública têm em cada uma dessas áreas.
Depois vem a reforma da Administração Pública. Sr. Deputado, que é algo que, na nossa opinião, deve fazer-se no dia-a-dia, nos diplomas que se vão aprovando, nas modificações que se vão criando. Porque essa questão das grandes reformas relativamente à Administração Pública é algo que eu, se pudesse estar na posição do Sr. Eng.º, lhe gostaria de perguntar o que entende por isso, porque é um conceito muito vago relativamente a esta matéria.
Aquilo que posso dizer-lhe é que, dos contactos que temos tido com outros países da União Europeia, não nos sentimos mal cada vez que perguntamos o que está a fazer-se nos outros países. E não digo que seja apenas o que se está a fazer agora, porque Portugal tem tido, nesta matéria, uma política de se ir modernizando e de se ir adaptando aos novos tempos da Administração Pública. O conjunto gigantesco de alterações que temos tido, centros de formalidades de empresas… Hoje, como sabe, já há cinco centros já abertos. Ao contrário do que acontecia aqui há um ano e meio, em que, para formar uma empresa, se demoravam meses, hoje demoram-se, em média, 17 dias para formar uma empresa em Portugal. É um avanço extremamente importante naquilo que é importante reformar a Administração Pública, que é para colocá-la melhor ao serviço dos cidadãos.
E podia dar-lhe inúmeros exemplos. Por exemplo, o livro de reclamações tem levado a que cada vez se tenha de estar mais próximo dos cidadãos, a que os cidadãos se sintam mais próximos também da Administração Pública e também é fundamental que isso aconteça.
Tenho uma filha, que é universitária e que está a fazer um estágio numa empresa, a quem foi dado um trabalho para analisar as reclamações que essa empresa tinha, e constatei que hoje, em Portugal, ainda há empresas que, pura e simplesmente, não respondem…

O Sr. Moura e Silva (CDS-PP): - Não é para reclamações do Governo!?

O Orador: - Não, não é!
Estava eu a dizer que constatei que hoje, em Portugal, ainda há empresas que, pura e simplesmente, não respondem aos cidadãos. Fazem-lhe queixas e elas não respondem. É um conceito ultrapassado, que também temos de saber ultrapassar na Administração Pública, e é tudo isso que estamos a tentar fazer.
Portanto, é necessário fazer tudo isto. E um passo gigantesco já foi dado, que foi a questão do recenseamento da Administração Pública. Hoje sabemos quantos somos, onde estamos, que níveis etários temos, que qualificação temos, para podermos estar agora a transformar aquilo que é fundamental transformar, e estas leis de que falámos há pouco, dos quatro dias de trabalho e do tempo parcial, inserem-se nesta estratégica de requalificarmos melhor a Administração Pública, de baixar o seu índice etário, porque, sem uma maior formação, não é possível ter uma Administração Pública melhor.

A Sr.ª Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Moura e Silva.

O Sr. Moura e Silva (CDS-PP): - Srs. Membros do Governo, embora critique muitas das medidas tomadas no âmbito da Administração Pública, não gostaria de, nesta oportunidade, deixar de considerar e reconhecer que este Governo tomou neste âmbito algumas medidas positivas, nomeadamente a respeitante ao recenseamento, bem como a que procurou enquadrar todos aqueles trabalhadores que estavam com um vínculo precário. Só que isso não é suficiente; é, de alguma forma, também uma obrigação de quem governa.
Já foi aqui abordada a questão dos salários. Contudo, não pretendendo fazer o papel dos sindicatos, nem a eles me substituir, não quero deixar de perguntar ao Sr. Ministro, porque presumo que o Governo reconhece que os trabalhadores da administração local têm, de facto, níveis salariais bastante baixos, quando comparados com outros sectores da Administração Pública, se pretende proceder, no futuro, a aumentos percentualmente superiores em relação a esses trabalhadores, pese embora também considerar importante alguma renovação dos quadros da administração local, algum rejuvenescimento, que também aí é necessário, conforme, aliás, o Governo reconhecia no seu programa.
Daí eu perguntar se o Governo está em condições de dizer quantos trabalhadores da Administração Pública saíram, reformados, por rescisão amigável ou de outra forma, no mandato deste Governo e quantos jovens, nomeadamente licenciados, julga este Governo admitir até ao fim da Legislatura.
Passando agora a esta já famigerada loja do cidadão, que ainda não sabemos o que vai ser, mas esperamos que não seja uma espécie de um centro comercial dos diversos serviços da Administração Pública, do tipo "compre um e leve muitos",…

O Sr. Secretário de Estado da Administração Pública: - Os cidadãos não se importavam!...

O Orador: - … penso que vai ser um processo difícil. Mas vamos ver se se consegue atingir as expectativas do Governo… É que, em minha opinião, a questão não está tanto em concentrar no mesmo edifício os diversos serviços da Administração Pública mas, se calhar, em aliviar um