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8 | II Série GOPOE - Número: 004 | 18 de Fevereiro de 2010

tivesse acontecido, como se o Ministro das Finanças nada tivesse dito, e diz que o TGV é um desígnio nacional e uma das orientações estratégicas do Governo.
Afinal, em que é que ficamos?! Ou será que a adaptação à realidade orçamental é aquela revisão que vinha publicada num jornal há dias, isto é, que a ligação Porto/Vigo, afinal, vai destinar-se apenas a passageiros, poupando cerca de 150 milhões de euros? É isto a adaptação à realidade orçamental: retirar 150 milhões de euros dos 8000 milhões de euros? De facto, gostávamos de perceber qual é a orientação do Governo, quem é que manda e o que vai acontecer. O Relatório do Orçamento do Estado refere a assinatura de novos contratos, a adjudicação de concursos, o lançamento de novos concursos para estações, a prioridade na preparação de concursos, etc.
Afinal, não sabemos o que vai acontecer!? De facto, quando ouvimos o Ministro das Finanças dizer que não haverá mais adjudicações, ficamos sem saber se o TGV (na linha Lisboa/Madrid) vai ser, realmente, de Lisboa a Madrid ou só do Poceirão a Madrid.
Isto é, os lisboetas vão ter de ir ao Poceirão apanhar o TGV? Afinal, a «praia de Madrid», que o Sr. Ministro tanto referiu, vai ter de ser feita de novo algures, no sítio onde era para ser a plataforma logística do Poceirão.
Se calhar, em vez de praia, vamos ter deserto, como já dizia o anterior Ministro! Relativamente ao novo aeroporto de Lisboa, também não percebemos qual é, de facto, a orientação do Governo. Diz-se agora que será iniciado o processo de contratação e planeada a privatização da ANA. Mas qual privatização? Qual é o modelo? Qual é a percentagem? Isto inclui ou não o aeroporto do Porto? Estas são matérias que têm sido discutidas no País e nós não concordamos que o aeroporto do Porto se sujeite a uma lógica financeira para que possa construir-se um novo aeroporto de Lisboa.
Lemos e ouvimos o Governo dizer que no aeroporto do Porto serão implementadas medidas para captar tráfego e promovê-lo como líder do Nordeste peninsular, mas isto é depois incompatível com a sua inclusão no perímetro da privatização da ANA.
Sr. Ministro, de facto, entre nós e o Governo, dividem-nos grandes opções relativamente a este Orçamento.
O nosso caminho não ç este, não ç um caminho pesado de investimento põblico e que faz diferir encargos»

O Sr. Jorge Fão (PS): — Estão qual é o vosso caminho?!

O Sr. Jorge Costa (PSD): — Já lhe vou dizer, Sr. Deputado!

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Deputado.

O Sr. Jorge Costa (PSD): — Concluo já, Sr. Presidente.
O nosso é um caminho que inclua investimento de proximidade, que crie emprego, que relance a economia, que promova a actividade económica e não que deixe pesados encargos para as gerações futuras.

O Sr. Presidente: — Uma vez que nesta primeira ronda de perguntas a resposta é individualizada, tem a palavra o Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Sr. Presidente, Sr. Deputado Jorge Costa, queria dizer, em primeiro lugar, que não há truques absolutamente nenhuns e, portanto, penso que a expressão que o Sr. Deputado utilizou não se adequa.
Sr. Deputado, respeito as suas opiniões, ouvi-as com atenção, posso não estar de acordo com elas, mas gostaria de dizer que estou aberto à discussão e que a vantagem de estarmos nesta reunião é, precisamente, a de podermos trocar opiniões»

O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem!

O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — » de forma clara, transparente e procurando, na nossa discussão, contribuir para o progresso do País. É nessa perspectiva que me coloco e não numa perspectiva de estar aqui a introduzir qualquer tipo de truque.