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4 | II Série GOPOE - Número: 005 | 19 de Fevereiro de 2010

alianças que integra, é absolutamente fundamental que o País esteja em condições de assumir as responsabilidades de liderança em alguns dos processos de mudança que estão em curso nessas alianças e nessas organizações.
A realização da Cimeira da NATO não está orçamentada no Ministério dos Negócios Estrangeiros e por isso deve valorizar-se mais o plafond que o Ministério hoje apresenta, uma vez que ele não integra a orçamentação da Cimeira — ela está inscrita na dotação provisional do Ministério das Finanças — , mas será seguramente uma verba expressiva, cuja avaliação estamos neste momento a procurar fazer em conjunto com os nossos aliados e, em particular, com o Secretariado da Aliança. A primeira missão estará em Lisboa já na próxima semana.
A realização desta Cimeira será uma exigente tarefa, que mobilizará o Ministério dos Negócios Estrangeiros, mas não só; também o Governo no seu conjunto será chamado a acompanhar de perto uma Cimeira com a importância da Cimeira da NATO.
Está em curso a campanha para o Conselho de Segurança das Nações Unidas. Portugal é candidato a um lugar no Conselho de Segurança para o biénio 2011/2012. Trata-se também de uma candidatura muito exigente, já que há duas vagas para três candidatos do grupo ocidental — para além de Portugal, a Alemanha e o Canadá são dois candidatos muito fortes, com muito peso e com grande expressão na comunidade internacional. Por isso, essa candidatura é um trabalho exigente que o Ministério dos Negócios Estrangeiros, no seu conjunto, o Corpo Diplomático tem insistentemente acompanhado e que deve ser um objectivo assumido pelo País no seu todo.
Neste contexto, nós procuramos valorizar muito as relações com o continente africano, com a Ásia e com o espaço latino-americano. É sabido que o potencial de relacionamento do nosso País com estas regiões tem estado bastante aquém das expectativas e das possibilidades de reforço que a boa imagem do nosso País em muitas destas regiões hoje tem e, por isso, nós faremos ao longo de 2010, associado ao esforço de campanha para o Conselho de Segurança das Nações Unidas, um esforço muito grande no sentido de reforçar as nossas relações, seja com o mundo árabe islâmico, seja com o continente africano, seja, em particular, com o continente asiático.
Pensamos que até ao final do mês de Março estaremos em condições de aprovar novas orientações relativamente ao reforço das relações estratégicas de Portugal com o continente asiático. No actual contexto parece-nos absolutamente indispensável não perdermos mais tempo e a circunstância de iniciarmos, a partir de 2010, um vasto programa de celebrações de chegada a várias regiões do continente asiático impõe-nos também alguma atenção a iniciativas e a acções que possam valorizar a nossa relação com essa região.
No domínio da política de cooperação e da política das comunidades, trabalharemos sempre nessa perspectiva: valorizar o potencial estratégico que quer as comunidades quer a nossa política de cooperação representam para a valorização da imagem internacional do País, para a sua projecção como um actor de relevo, sobretudo no esforço de facilitação das relações entre vários espaços geopolíticos que estão, neste momento, em gestação e em que, seguramente, Portugal terá um papel fundamental a desempenhar.
Um segundo vector de orientações que estará presente na acção do Ministério ao longo deste ano é, sem dúvida, o relacionado com o esforço de recuperação económica do País, que deve mobilizar todo o Governo, todo o País. Nesta perspectiva, também a política externa, a acção externa do Estado português deve, necessariamente, ter em consideração esse esforço. Por isso, seja no âmbito da implementação das orientações recentemente assumidas pelo Governo, seja com a criação do Conselho para a Promoção da Internacionalização, que faz uma gestão diferente das relações com o mundo empresarial e com as empresas, seja no âmbito da coordenação interministerial que se impõe, no sentido de aproveitar todos os recursos do Estado ao serviço desse objectivo, de apoiar a internacionalização da nossa economia, parece-nos absolutamente indispensável que o reforço da diplomacia económica esteja no centro das preocupações do Ministério ao longo deste ano. O País, como todos sabemos, precisa de exportar mais, de captar mais investimento externo, de promover sustentadamente a internacionalização das nossas empresas e, como tal, esse esforço deve estar também no centro das prioridades da acção externa do Estado português. É uma frente muito importante de recursos humanos e financeiros de que o País dispõe e, por isso, consistentemente, continuaremos, ao longo de 2010, a dar maior visibilidade e prioridade à acção externa do Estado português no apoio à internacionalização das empresas e da economia do País.