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parte curricular e as necessidades profissionais, à necessidade de estágios que efectivamente

preparem para o trabalho e a uma revisão curricular onde a parte teórica se sobrepõe à

componente prática.

O que me parece é que desde que o Serviço Social começou a ser leccionado no serviço público desceu muito de qualidade. O que me parece também é que começaram a ser profissionais não experientes a dar a Serviço Social e penso que, com isso, o curso ficou desmembrado. Não sei se o curso agora é de 4 anos ou de 3, mas eu acho que é pouco tempo. Porque depois no terreno as coisas são muito mais complicadas. (Ent. 2)

O que eu acho é que estão a colocar o Serviço Social em todo o lado e sem qualquer tipo de rigor (…) e acho que banalizaram um bocadinho o curso. Há uma perda de qualidade, sem dúvida, mesmo em relação a corpos técnicos, do que eu já ouvi falar, há muita gente apenas com licenciaturas a dar aulas em Portugal. (Ent. 6)

Neste momento há demasiadas instituições a leccionar este curso e já está de tal modo diversificado porque as especialidades são muito diversificadas e acaba por ser cada vez mais difícil conseguir dizer o que é um Assistente Social. (Ent. 7)

As respostas de carácter mais favorável relativamente à formação actual, ainda que pouco

fundamentadas, fazem referência à diversidade das componentes curriculares, bem como a

uma adequação da formação à dimensão profissional através da implementação dos

estágios.

Agora acho que as coisas estão um bocadinho diferentes e já se estão a aproximar mais da prática e da realidade e, se calhar, perderam-se algumas coisas, como o carácter de virar o Serviço Social para ramos e áreas distintas, como nós tínhamos, mas, entretanto, ganhou-se essa parte da prática, por aquilo que eu tenho reparado. (Ent. 18)

Tem um factor positivo que é ser abrangente e diversificada porque teve diversas disciplinas teóricas desde o direito à psicologia e à sociologia. Todo um conjunto de ferramentas que, de facto, o Assistente Social precisa. Contudo, acho que tem pouca componente prática. (Ent. 20)

Conforme já referido, concluiu-se a existência de um terceiro grupo de respostas com alguma

uniformidade que deriva fundamentalmente da reflexão e fundamentação sobre a questão

da formação académica. Todas as respostas que estão neste grupo são proferidas por

entrevistados enquadrados no grupo institucional, sendo provavelmente essa a razão pela

qual as suas respostas são significativamente mais reflexivas. De entre estas respostas,

verificam-se também posturas diversas sobre a formação. O pessimismo está muito

relacionado com a redução da duração dos cursos em virtude do processo de Bolonha, com a

inadequação curricular face às necessidades profissionais, à massificação do ensino com a