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lia remediu senão fazer sacrifícios, e se esles sacrifícios não estão bern repartidos com toda a igualdade nos trabalhos do Governo, lá eslá a illustre Commissão de Fazenda para fazer as alleraçães convenientes a esle respeilo, e estes trabalhos hão de vir á Camara, para ella decidir como for de justiça, e chegarmos a um fim mais definido. Mas o que eu peço á illustre Commissão de Fazenda é que veja que um dos maiores serviços que pôde fazer, é quanto antes apresentar o resultado desses trabalhos, bem ou mal apresentados á Cnmara pelo Governo; só assim se poderá chegar a um fim, qual é o de poder conseguir que b Governo, quando lhe seja imposla a obrigação de occorrer ás despezas publicas, se lhe dê ao mesmo tempo uma receila real, da qual possa dispor, porque se o Governo provar que os recursos que se lhe votam, não são os indispensáveis, que são inferiores á despeza, que é necessário fazer, não se lhe pôde pedir responsabilidade). Economia rigorosa — mais igualdade no recebimento da receila publica — repartir com a maior jusliça—tirar o maior proveito do Orçamento—publicidade de todos estes actos, eis-aqui o que o Governo pôde, e eslá disposlo a fazer. JVlas poderá o Governo hoje fazer esses pagamentos em dia, e com a igualdade que seria para desejar.' Parece-me que a Camara não pôde exigir lai do Governo, sem lhe dar os meios necessários para isso. Eis-aqui-a que eu queria chegar, não porque deseje serMinissro, mas em quanto estiver nesta Cadeira, é necessário que lenha meios, de outro modo não é possivel governar. Nós estamos próximos a entrar no anno económico futuro, e se se nâo Iractar de economias, a despeza ha de nugmenlar; eu peço a Camara que lenha muilo em consideração a curleza do tempo, e a necessidade de o Governo ser investido das Leis de Meios, e oulras que são necessárias para levar avante a prompta arrecadação da Fazenda, e poder estabelecer um Syslema Praclico, que possa melhorar o que actualmente exisle, e en espero que com melhor, e mais actividade na cobrança dos impostos, e com a despeza reduzida a quanto poder dár a receila, eu espero, digo, qne havemos de marchar com mais alguma igualdade, e mais para o futuro não ha de ser necessário exigir os sacrifícios, que se exigem hoje.
Disse-se:—Eslaquarid parteem Notas vai augmentar o mal aos Empregados Publicos; mus ou nós -aciedilamos que ludo islo nos ha de trazer um melhor futuro, nu não; se acreditamos, devemos esperar que esta Classe infeliz melhore de sorte; e se não fórassim, então o mal continua. Sr. Presidenle, houve um Salto nos pagamentos dos Empregados Publicos, refijo-me a Outubro ,de 1847, em que se achavam atrazados nove mezes ; quando esla Ad.minislra-ção entrou, começava-se a pagar por um novo syslema, e o Ministro meu Antecessor, que estabeleceu esle novo modo de pagamento, julgando que nisto fazia umjbem aos Servidores do Estado, fez-lhe um mal; as intenções deste illuslre Cavalheiro eram as mais honestas, as mais saneias, « eu sou o primeiro a fazer-lhe a devida justiça; pois que, vendo que não podia vencer o grande atraso em que estavam os pagamentos de Fevereiro a Outubro, procurou em Setembro poder levantar uieios, para ao menos poder no principio de Outubno pagar metade desse mez, dando assim um lai ou qual recurso e rendimenlo aos Empregados, lirando-os da precisão de vende-
pagamentos; a falta dc energia, . ou certos defeitos que lia na cobrança publica, eoulros inconvenientes, que apparecem, fazem com que o ingresso para os cofres publicos seja de uma pequena quantidade, e eui espaços dilatados ; esles atrasos são lambem pro-cedidos de outros males, que depois vem a pesar sobre a receita do Estado, e ein quasi lodos os casos os Empregados Públicos são as victimas mais sacrificadas. Mas estes sacrifícios tem vindo tambem, e na maior parle de erros qne lem havido, como são os Pontos, e os Saltos que selem feilo nos pagamentos ; (Apoiados) se tivesse sempre havido boa fé; se se tivesse respeitado a ordem chronologica dos pagamentos; se se não tivessem feiloCapitalisações, Pontos, e outros actos, o Credilo havia de ser respeitado, e lodos haviam de vêr que o Governo Poiluguez tinha credilo, e é por lodos esles erros administrativos que o agio augmentn, assim como os descontos, e que os Papeis cada vez estão mais depreciados; é daqui que tem vindo a maior parte do mal aos Empregados Publicos. (Apoiados)