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"gnát a Proposta do Sr. Branco; por tarilo entendo que aã questões previas tem sido fora da ordem, a prova tenho eu no que acaba de dizer o Sr. Deputado, que me precedeu, que na minha opinião foi já sobre a questão em si ; parece-me pois que o melhor e entrarmos francamente ria questão principal: tudo quanto se pôde dizer nas questões previas ha-de-nos ser íepetido então, e por consequência ha de chegar-se ao fim que os Srs. Deputados querem , ha de apparecer aaccusaçâo, e a defeza , porque a accusação pôde dizer-se, está ria Proposta, e no Officio do Sr. Presidente, a defesa ha de ser apre* sentada pelos Srs. Deputados , que estão presentes que hão-d? dar as suas explicações ; marchando-se por este caminho, chega-se ao fim que se pertende, sem que seja necessário apresentar questões previas successivamen-te ; eis aqui a maneira como eu julgo que se terminará esta questão.

O Sr. Presidente; — Muitos Srs. Deputados pediram palavra para fatiarem sobre a ordem , mas etí entendo que depois de um objecto votado não tem logar ofa!lar-se sobre a ordem, porque a questão com a votação terminou, e não ha por consequência necessidade de regula-la; mas corno disse, enuitos Srs. Deputados pediram a palavra sobre a ordem, eu entendo que devo transformar esta pa-. lavra para a matéria concedendo-a na ordem ern quê foi pedida , e para evitar duvida eu vou ler a inscripção. (Leu.)

Alà\tri$ Srs, Deputados reclamaram, ou dfàlara-ram d logar em que tinham pedido a patawa.

O Sr. Pieira de Castro.—Sr. Presidente, muitos Srs. Deputados te e m proposto questões previas, d'aqui tem resultado confusão de ordem , e neste estado e perrnittido a todo o Deputado pedir a palavra sobre a ordem para indicar o caminho que lhe parecer mais conveniente ; supponho que nisto não ha incompatibilidade alguma.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra sobre a ordem que indicou.

O Sr. frieira de Castro: — Sr. Presidente, eu quero ponderar á Camará, que questões desta natureza podem ser funestas pela má direcção, que tiverem; cilas tocam a pessoas muito respeitáveis; « preciso todo o .sangue frio, e todo o cuidado para as tractar, mas é preciso olharmos para as cousas como ellas são, com sangue frio, não lhe darmos mais importância, do queaquella que ellas tem. Sr. Presidente, a Camará permitir-rne-ha duas palavras ; ella sabe quem deu logar a esta questão , porque observou que o Sr. Presidente praticou um facto, que não direi foi traiçoeiro, mas que por certo deprimiu de alguma forma o seu caracter de imparcialidade ; então não ha duvida, que os indivíduos, a quem esse facto prejudicou ern seus direitos, affectados por um movimento de um accesso de ira proferiram palavras menos próprias deste logar; mas o que se ha de fazer neste caso? O que se costuma fazer em casos similhantes, o que é próprio do caracter de homens, que foram aqui mandados para represensar a Nação; mas não se procede assim , quando se apresenta uma Proposta que in-volve uma parte na qual se propõe que a Carna-ra sé constitua em Tribunal Criminal para censurar algum dos seus Membros, isto não e conveniente ; o que e conveniente é que se convide o Sr. Presidente por aquella maneira, que pareça mais pró-

pria, que se tenha pára com elle toda a deferen* cia, venha etle novamente occupar o seu logar, reparando no futuro o seu proceder passado pela sua conducta imparcial, e pela observância rigorosa do Regimento, e os que se excederam, reparem por o seu proceder futuro qualquer desvio da ordem no passado; convéncendo-sé de que ha certas conveniências, que não é licito transpor. De tudo isto vê a Camará

O Sr. Presidente: — Mas qual e a conclusão do Sr. Deputado na sua inoção de ordem ?

O Sr. Vieira de Castro: — E1 que se vote só a primeira parle, porque entendo queconi ella se consegue , o que se perlende ; não se votando por tanlo sobre a segunda ; porque entendo que^não se pôde , votar, por isso que se instaura um piocess-osem base. O Sr. /'residente: — A conclusão do Sr. Deputado foi entrar verdadeiramente na Proposta.

O Sr. Vieira de Castro: — E' porque sendo assim iodos os Srs. Deputados retiram a palavra, que tem para questões previas.

O Sr. Presidente: — Nesse caso podemos passar á matéria, mas e preciso que os Srs. Deputados convenham nisto, isto é, que os Srs. Deputados, que tem pedido palavra para questões, cedarn delia. O Sr. Silva Sanclies: — A mhiha está retirada, porque era a que propoz o Sr. Aguiar.

O Sr. Presidente: — Então vamos á matéria; e sobre ella tem a palavra o Sr. Castilho.

O Sr. José Feliciano de Caslflho: — Sr. Presidente, eu que a mirn mesmo m/e impuz o syslema de uma prudente reserva neste Parlamento, eu que resolvi não elevar a voz senão om raras occasiões, sinto nesta solemne conjunctura, um como grito de consciência que me veda guardar silencio. So-leuine lhe chamo, porque no deplorável incidente que deu logar á Proposta que acaba de desenvolver-se, receio que se encerrem, se houver de re« petir-se , as mais funestas consequências para nós, para a Liberdade, e para o Paiz : semente deanar-chia será essa , lançada em terreno fértil , e preparado, semente de veneno, de que serão veneno os fr uctos.

E antes de descer á hypolhese infeliz , de occu-par-mo-nos da pessoa desacatada , examinemos a sua situação, os direitos que lhe confere o eaiineri-te cargo que occupa.