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lustres Deputados sobre este ponto, a saber: 1.° que se rejeitou a nomeação de urna cotnmissão de inquérito: 2.° que se remetteu no governo o reque-rjfiif ni0» para sobre elle tomar as informações corU-pelenles, e, talvez mesmo, convenientes medidas: parece-me que esse requerimento não pôde deixar de ter igual sorte. Debaixo desse ponto de vista eu não combaio a urgência, e só depois delia vencida {o que talvez acontecerá, por que nisso não poderá haver duvida nenhuma), quando se tractar da ina-teria, eu mostrarei não convir, mesmo ao interesse das partes, que o requerimento seja approvado: e por essa occasião também mostrarei que o objecto é o mesmo.

O Sr. Fonseca Magalhães:—Sr. Presidente, o meu primeiro propósito quando pedi a palavra so^ bre a urgência , era de me informar do contheudo do requerirtiienlo , qual e' o objecto de que !racta; e como em duas palavras o posso saber, ou o Sr. Secretario, ou , se a Camará o concede, o illuslre auctor da proposta, terão a bondade de me dizer. Uma commissâo sobre que? Se V. Ex.a perrnilte que o Sr. Deputado auctor da proposta tenha a bondade de dizer qual é o objecto da mesma proposta. ..

O Sr. Gavião:-*-Sr. Presidente, eu já disse que o requerimento constava de duas partes: na l.a queixam-se os requerentes da introducção de contrabando de cereaes que apezar da portaria de li) de outubro do anno passado, em grande escala se tem feito, tendo sido demasiadamente grande atai intro-duoção; depois queixãm-se da muita miséria a que tão funesto mal os tem reduzido: e na 2.a concluem pedindo a esta Camará que tome providencias a este respeito. E pedem mais algumas cousas, mas o que elles pedem não se pôde conceder.

O Sr. Fonseca Magalhães: — Sr. Presidente, afli-jo-me dos motivos que obrigam cases cidadãos a recorrer a esta Camará. Afligi-me igualmente em ouira occasião em que um Sr, Deputado, creio que foi o Sr. Menezes Pitta , apresentou outro requerimento no qual pedia providencias á Camará sobre o mesmo objecto ou idêntico.

Sr. Presidente, eu procurei pelas minhas correspondências particulares informar-me sobre a existência ou não existência dos contrabandos: porque é este um objecto que tem preoccupado muita gente. Contrabando de cereaes na província do Minho ! Contrabando de cereaes vindos de fora importados pela costa ! Realmente parece-me cousa admirável: os. cereaes são um contrabando de tão pouco preço, e tão volumoso, que me parece impossível que nel-le se occupe alguém naquella província sem conhecimento das auctoriclades administrativas.

Se o facto é certo, se têem sido introduzidos ce-íeaes por contrabando, eu não farei accusaçao al-guma ás auctoridades; mas de certo tem havido bem pouca vigilância da parte das mesmas; porém isto é —-se—porque eu ainda não admitlo que seja assim. ( Orador f o i in ferro rnpido-j e continuou) Então não são contrabandos.

Sr. Presidente, este objecto é importante (apoiados) não o desprezemos; porque o desprezo pôde tçr sérios resultados. Parece-nie que o primeiro recurso desses cidadãos deverá ser ás auctoridades ío-caes; (apoiados) porque a obrigação delias é vigiar por essas transgressões da lei.. . (O Sr. Presidente: SESSÃO N.° 6.

— Essa não é a questão, perdoe-me o Sr. Deputado). O Orador:— Pois , Sr. Presidente, como hei de eu fundamentar a minha opinião sobre a urgência? Eu procedo mais francamente que é possivfil. (O Sr. Silva Cabral: — Muito bem). O Orador:

— A faliar a verdade com estas subtilezas de palavras tornamos muitas vezes inintelligivel* o que e' claro; ninguém pôde fundamentar a sua opinião sobre a urgência sem mostrar que o objecto a requer.