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D1AB10 DA CAMARA IDOS SENHORES DEPUTADOS

Sou informado tambem que entre os predios, que o governo pretende, existem dois predios particulares.

Não; se existem ou não. Se por acaso existem, o governo, quando fizer a compra para ali fazer um edificio adequado ao fim a que o destina, talvez lhe seja indispensavel adquirir alguns predios particulares. Seria bom que a lei preveniam esta hypothese. Se ha predios particulares a adquirir, realmente parece impossivel que venha unia proposta a esta casa n'estas circumstancias, e, que estejamos a discutir n'estes termos e com esta pressa.

Eu creio que é melhor para os que votam o projecto, auctorisar o governo a expropriar os predios pertencentes á camara municipal e outros que n'elles estejam encravados, conforme as regras geraes de direito. Isto para os meus collegas, para a maioria que vota o projecto: eu, como não o voto, desejo apenas que do mal se faca o menos, e polisse faço nina proposta.

(O orador vão revia, este discurso.)

O sr. Carrilho: — Para tirar todas as duvidas proponho que seja inserida tio projecto a seguinte proposta.

(Leu.)

Leu-se na mesa a seguinte

Proposta

É declarada a utilidade publica para as expropriações que o governo tiver de decretar para a acquisição das propriedades pertencentes á camara municipal de Lisboa nos termos do artigo 1.°.-=A. Carrilho.

O sr. Visconde de Moreira de Rey. — Não sei soo governo quer incluir no projecto alguns predios que lhe seja preciso adquirir para quaesquer obras no edificio que pretende.

No entretanto, o certo que nas disposições geraes da expropriação por utilidade publica, o governo póde encontrar, creio eu, remedio para este caso, para applicar a lei sem necessidade de. auctorisação especial. E por consequencia não insisto mais ífeste ponto.

O sr. J. J. Alves: — Sr. presidente, pedindo a palavra iiara dar esclarecimentos, aproveito a, occasião para agradecer ao sr. ministro as explicações que acabou de dar-me, bem como a certeza de que os predios que o governo tiver a adquirir são strictamente os necessarios para o fim a que são destinados.

Agora, só para esclarecimento ao sr. visconde do Moreira do Rey o alguns srs. deputados que pediram a palavra, direi que na direcção que o governo tem a seguir nas obras ha predios que pertencem a particulares, e que não podem deixar de ser expropriados; um d'elles liga immediatamente com a alfandega municipal, e é o predio do case de Santarem.onde existe um armazem de ferro.

Por esta occasião direi tambem que o governo já fez a acquisição de alguns predios particulares. De dois tenho eu conhecimento, um denominado o da parreicinha, e outro no estaleiro do Caldas, ambos juntos aos armazens do jardim do tabaco; predios de que o governo está de posse ha muito tempo, mas une até hoje pouco ou nenhum uso tem feito d'elles.

Isto vem em abono do que acabei de dizer, e que prova, que por emquanto não ha, necessidade de fazer a acquisição de todos, mas sim dos que as necessidades do serviço exibirem.

Desta fórma evitar-se-ha um gravissimo transtorno a perto de 80 inquilinos que. ficam prejudicados com a mudança de seus estabelecimentos, e isto n'uma epocha em que é difficil encontrar habitações nas condições exigidas, e que quando as encontrem serão por preços fabulosos. (Apoiados.)

O sr. Presidente: — Vae ler-se a proposta que veiu para a mesa para se votar.

Leu-se e foi approvado, salva, a redacção.

O artigo 5.° foi approvado.

Entrou em discussão o projecto n.º 49.

E o seguinte:

Projecto de lei n.º 49

Senhores. — As vossas commissões reunidas de fazenda e de obras publicas foi presente a, proposta de lei n.º 30—U, tendente a auctorisar a nova emissão de obrigações necessarias para com o seu producto se concluírem as obras dos caminhos de ferro do Minho e Douro.

Considerando que é urgente ultimar essas obras de manifesta utilidade publica, e que portanto está plenamente justificada a creação de obrigações proposta pelo governo; entende que essa emissão deve ser approvada em vista do seguinte

PROJECTO DE LEI

Artigo 1.º E o governo auctorisado a levantar até á quantia de 1.706:000$000 réis as sommas necessarias para a continuação e conclusão dos caminhos de ferro do Minho e Douro.

Art. 2.° O levantamento d'esta quantia será realisado por emissão de obrigações, nos termos e pela fórma consignada na carta du lei de 2 de julho de 1867.

Art. 3.º Fica revogada, a legislação em contrario.

Sala da commissão, aos 27 demarco de 1878. = José Dias Ferreira —Joaquim de Matos Correia —A. C. Ferreira de Mesquita— Custodio José Vieira — João Maria de Magalhães — João Freira Braga— Illidio do Valle= Pedro Roberto Dias da Silva— Visconde da Azarujinha = Visconde de Guedes Teixeira == Lopo Vaz de Sampaio e Melo — Antonio José Teixeira = Antonio M. P. Carrilho, relator.

N.º 30-H

Senhores. — As quantias despendidas na construcção dos caminhos de ferro do Minho e Douro eram em 30 de setembro do anno passado, segundo o relatorio e contas mandadas ao ministerio das obras publicas e que para vosso mais amplo conhecimento acompanham esta proposta, no caminho de ferro do Minho 5.590:326$030 réis e no do Douro 4.596:992$727 réis, perfazendo uma somma de réis 10.193:318$757.

Segundo os calculos apresentados pelo direc0tor dos mesmos caminhos, a sua despeza total até completa conclusão deverá, ser para o do Minho 6.796:565$055 réis, para o do Douro 6.639:092$727 réis. O que dá para as duas linhas a importancia de 13.435:557$782 réis. O capital realisado pelas cinco emissões é calculado muito approximadaniente em 11.729:000$000 réis, e a differença em numeros redondos entre estas verbas é. de 1.706:000$000 réis e, esta é a quantia que terá de ser levantada por uma nova emissão do obrigações, comquanto n'ella podesse ser feita a deducção de despezas effectuadas ou a effectuar por conta d'aquellas linhas e que em rigor a lei de 2 de julho de 1867 expressamente excluia da despeza computada e auctorisada para a construcção dos dois caminhos.

Taes são as sommas despendidas ou a despender com os estudos e pessoal technico, que importam nas seguintes verbas:

Despeza effectuada até 30 de setembro de 1877:

“Ver o Diario Original”

A esta verba deveria ainda juntar-se o custo das seguintes obras, que são inteiramente estranhas a estas linhas e cuja despeza poderá ser lançada a cargo da viação ordinaria:

Sessão e 3 de abril de 1878

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