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anão,

Mas diz-se que e' preciso crear Tropa, porque pó--de da Hespanha haver uma invasão; eu digo que nada se pode temer da Hespanha, basta ella estar -dividida, como está, e ter bastante com que se entreter por lá, e por consequência não hão de querer dividir as suas forças. Ora agora, é preciso sa-.ber que dous Regimentos de Cavallaria, como se querem organisar, importam em uma grande quan-•ttdade de dinheiro; eu fiz urn calculo, que me parece ser o mais aproximado possível, o qual vou ler (leu). Parece^me que tenho de algum modo mostrado, que estes corpos vão augmentar a despeza do Orçamento da Guerra, corn mais 108 contos de íeis; e esta quantia é dinheiro, e e' preciso saber donde elle ha de vir. O que eu quero é um Exer-•cito bem pago; e tenho mostrado que souamigodo ..Exercito, e a-maior prova de que o sou; basta eu se* * mil Uai.

E' preciso que se acredite (torno a repetir) que vale mais um Exercito pequeno, e bem pago; do que um Exercito grande, e tnal pago; digo que Jiao é necessário crear-se um Exercito como a maioria da Commistão diz no seu parecer, —de 27^702 praças de pref: — e voto pelo Exercito de Id/OBO praças de pret.

, ,Mas diz-se; pode-se crear um Exercito de 20J702 praças de pret; Hcenceando uma grande parte! Oh ! Sr. Presidente, e preciso, saber, que se não .podem licenciar os soldados sem primeiro aprenderem o exercício; um soldado pôde gastar três , ou quatro mezes a fazer-se, e nesse te^ppo está ganhando soldo, e ração ; ha-de-se fardar, e depois é que se poderá dar-lhes licença: eu desejo saber se neste tempo, elles não fazem despeza í Fazem , por consequência eu não posso approvar o parecer da maioria da illiistre Commissão: e volo pelo parecer da minoria da Commissão, porque não quero um Exercito grande^ para estar na desgraça em que se acha o; nosso-Exercito actualmente.

_ O Sr. Celestino Soares:—- Sr. Presidente, a maioria da Commissão, achou que nas actuaes circurns-tancias, era preciso ter urn Exercito que podesse acudir a qualquer ponto invadido, o que poderá acontecer. Eu julgo que se não pôde prenscindir -da força de 27$00'0 praças de pret; porque são,ne-cessari.is. (Leu uma t <ç de='de' qna='qna' e='e' pontos='pontos' guarnecer.='guarnecer.' cão='cão' p='p' força='força' ia='ia' fronteira='fronteira' devia='devia' da='da' diversos='diversos'>

E' preciso qne alem destes haja uma força em cada Cidade, e também em alguns outros pontos do Reino; e querendo-se pôr isto em pratica, não se pôde, como já disse, prescindir do Exercito, com 27/000 praças de pret.

Quando ultimamente estive Director da Secreta-•ria da Guerra., e pouco depois dos acontecimentos de Ruivães, manifestou-se uma reação miguelista na Serra da Estrella, ao mesmo tempo que em Lou-res appareceu o mesmo systema, e não havia, força alguma que se lhe podesse oppor: foi preciso lançar muo de parte da Guarda municipal, e do Batalhão do Arsenal, que se embarcou á prensa para

Samora Correia, A marcha de Caçadores N ° 2 que se dirigia a Lisboa permettiu que pelotaíegra! ío se mandasse para-Castello Branco, aonde chegou atempo, que a maior parte das famílias fugiam da Cidade: a sua presença restituiu o socce-go, e frustrou os planos dos rebeldes: como e possível com 15^000 homens satisfazer a todos as necessidades do Paiz; quando só o Algarve absorve quatro mil: o exemplo que acabo de citar é suffi-ciente para mostrar a necessidade do augmento da torça do Exercito, como propõe a maioria da Com-missão.

O Sr. Neutd: — Sr. Presidente, eu também sou militar, e por consequência ninguém mais do que eu deseja as vantagens do Exercito , e vê-lo aug-mentado; entretanto entendo que se não pôde levar a effeito o que propõe a maioria da Commissão, porque o Ihesouro carece dos meios para sustentar o augmento de força, que ella propõe: entendo porem que o que é possivel fazer-se e- preencher os quadros, para o que andará a força para isso necessária por uns 21^000 homens. E' preciso termos em vista que é mui difficij fazer um grande recrutamento, e essa difficuldade provem de que quando se vai tirar urn paisano para o Exercito, elle treme porque tem visto que o Governo constantemente tem faltado ás suas promessas, e que quando diz a um soldado, que eíle vai servir por 4, ou 5 annos, o obriga depois a servir 10, ou 1^, e então receia que com elle acconteça o mesmo; e então para chegarmos a tempo de ^dermos fazer um maioj recrutamento, e preciso que o Governo cumpra as suas promessas.

O Sr. Celestino apresentou um calculo da força que seria necessária nos difíêrentes pontos do Reino, porém a isto tenho eu a observar, que se tivermos de apresentar uma forca em toda a parte , onde houver probabilidade, de haver uma desordem, nenhuma força será sufficiente para esse fim; e portanto a mi&har opinião é de que se votem 21/000 homens, para se preencherem os quadros; o que julgo sufficienie. *

,O Sr. GodinhoValde»; — Sr. Presidente, V. Ex.* da me a palavra sobre a matéria, mas eu peço licença para fallar primeiro sobre a ordem. Foi-me muito sensível, que circumstancias houvessem, que eu não podesse ainda agora fallar sobre a ordem, quando muitos Srs. peqMram a palavra sobre a ordem, e fal-laram sobre ella, e sobre a matéria, fugindo da ordem, e da matéria; sobre isso é que eu queria dizer. alguma cousa, mas não me foi permittido pelas circumstancias , comtudo eu não me queixo de V. Ex.a como já disse. Sobre a ordem quero dizer alguma cousa sobre o que disse o Sr. Conde da Taipa, (sinto muito não o ver no seu logar, mas peço aos Srs. Ta-chygraphos tenham a bondade de escrever as minhas palavras): disse S. Ex.", entre outras cousas, que as Subdivisões Militares devem-se acabar; eu sou Com-mandante da Subdivisão Militar de Coimbra, e digo ao ^'.' C°nde da Taipa, que como Com mandante da Subdivisão Militar, ali tenho a minha casa, e tracto dos meus interesses particulares, e tenho merecido a confiança daquelle Povo; appello para os Srs. Deputados que me conhecem (apoiado), mas ainda que sou Commandante de uma Subdivisão Militar, desde já declaro que hei de votar contra as Subdivisões Mi» iitares, apesar de não serem creacão do .Sr. Ministro