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consequência peço que pelo menos se adie o negocio para amanhã, para vermos o que »e discute. Pois isto e rnodo de discutir! Pois podem-se fazer assim leis! Pois não e isto tornar quasi imposèivel oSyste-ma Representativo! Pois não c isto zombar, aqui no sancluario das leis, da gravidade com que devemos exercer as funccões legislativas! Sr. Presidente, pena!isa-me, magôa-me, ver a marcha que as cousas Icvarn ; mas é preciso confessar que estamos dando ao Paiz um espectáculo da mais terrível immorali-dade ! Pois havemos de discutir um objecto, sem sabermos o que elle contém, o que vale, nem o que imporia ! Faça a Camará o que quizer.

Eu se levanto assim a minha voz, é porque quero pugnar pela dignidade do parlamento; e para que, quando chegarmos aos nossos lares, nos não digam os nossos constituintes — «Como fizesteis passar leis, que por ventura podem ser de irnmensos inconvenientes para esta desgraçada fiação! . ..«z^Não e' assim que se acreditam os parlamentos, nem nós nos havemos acreditar assim. Eu quero votar leis, mas quero discutir primeiro, e saber o que voto: porque eu não vim aqui para votar segundo o rnodo de entender de ninguém, ha de ser conforme a minha consciência. Que importa que fique para amanhã a approvação deste projecto? Amanhã é approvado, e o Governo pôde leva-lo á sancção. O objecto e'muitíssimo importante, eu o mostrarei.

Portanto, Sr. Presidente, proponho o adiamento, mas o adiamento por 24 horas: rnande-se hoje imprimir esse parecer, mande-se distribuir esta noite pelos Srs. Deputados, que meditem nclle o resto da noite, e que venham amanhã discutir. Pois não e' o mosr.no ? Que importa ser approvado hoje ou amanhã ? Urn dia o que faz ? Nào se convencerão os Srs. Deputados de que com esta precipitação faltam á decência publica, e á dignidade do parlamento! A Camará faça o que quizer.

O Sr. Silva Cobrai: — Sr. Presidente, eu linha a fazer um requerimento sobre a forma da discussão. . . Creio que V. Ex.*já declarou que este negocio estava em discussão; e ale segundo o meu modo de ouvir, não foi só uma vez, mus foram duas, que o declaiou.

Sr. Presidente , a mim, e não sei se nos mais membros da Camará faz rir este modo, este enthu-siasmo, e não sei se diga, esta espécie de furor, com que o illustre Deputado clama aqui pela observância das formulas. Faz rir, Sr. Presidente, por que o illustre Deputado serve-se sempre das mesmas razoes. E note a Camará que os fundamentos que apresentou para dizer, que eslava chegada a agonia da Camará , são os mesmos que tem apresentado para outras cousas; como se a Camará pelo meio dos trabalhos em que tem entrado, não mostrasse que linha uma vida permanente ! Mas a questão e' muito simples; a questão não pôde involver, nem involve essa obscuriaade que o illustre Deputado lhe achou ; a questão não altera essencialmente o projecto: e o illustre Deputado sempre ffi-Ilio «m princípios a respeito de sernilhantes pontos ainda conlinua no mesmo terreno. O illustre De-pntado tem seus motivos, eu respeito-os, mas conheço-os, e a Camará também os conhece.

Porem o negocio e muito simples, muito claro , c, muito claro U-m sido o andamento deite tanto na Camará dos Dignos Pares como na dos Deput;»-SESSAO N." 13.

dos: e o illustre Deputado que tem offjcialmente & Diário por que esta Camará lho dá, devia ahi tê-lo con&idprado: se o não considerou, a si o impute, por que não tem elle aquella diligencia com que se propoz ao paiz, e com que quer attrahir a sua opinião. Sim senhor, este negocio não e' novo: se o fosse, o illuslre Deputado linha muita razão para avançar aquillo que avançou; mas o negocio discutiu-se com toda a extensão nesta Camará , e continuou da mssma forma na outra aonde, as alterações que se fizeram, são simples emendas de algumas palavras; e portanto não sei como possa dizer-so que deve de novo ser meditado : não senhor, não precisa. O illustre Deputado já teve na mão esses papeis, já os examinou; e não pôde deixar de conhecer que Rcommissão foi exactissima, quando apresentou o seu parecer; e mesmo pela simplicidade do negocio e' que a cornmissão se determinou a pedir que elle se discutisse desde logo.

Concluindo que não podendo, de certo, a Camará deixar de prever esta estratégia da parle da opposição, e observando que as emendas não podem tor discussão differenle da que houve originariamente a respeito do projecto, espero que apuro-ve o seguinte

REQUERIMENTO. — «Proponho que se discutam conjunctamente todas as emendas, e que se vote sobre cada uma delias.» — Silva Cabral. Foi admiltido á discussão.

O Sr. Presidente: — Rogo aos Srs. Deputados qup RÇ restrinjam somente á questão.

O Sr. J. M. Grande: — Sr. Presidente, eu re-tringir-me-hei bastante, e bem rigorosamente á questão. Pedi (jue fosse adiado o parecer da illustre comrnissão, e o Sr. Deputado que rne precedeu não só pede que o parecer se discuta, mas que se discutam simultaneamente todas as emendos a que se refere o mesmo parecer : df maneira que não só quer o illustre Deputado que se entre desde já na discussão de objectos, de que elle mesmo pôde deixar de ter conhecimento, mas quer que se discutam simultaneamente todas as emendas. Isto realmente não sei que nome tenha. Mas parece-me que sem meditar não pôde a Camará discutir, e sem discutir não pôde approvar objectos heterogéneos , que ainda não foram estudados. A Camará pore'm fará o que entender, porque eu não quero deferir a approvação das emendas corro disse o ilhistre Deputado. O meu adiamento e' limitado: pois não é u&o o ficarem ns cousas adiadas para o dia seguinte? Ha dahi algum resultado máo ?