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SESSÃO NOCTURNA DE l DE JUNHO DE 1888

Presidencia do ex.mo sr. José Maria Rodrigues de Carvalho

Secretarios os ex.mos srs.

Francisco José de Medeiros
José Maria de Alpoim Cerqueira Borges Cabral

SUMMARIO

Não houve correspondencia.- Approvada a acta, entra-se na Ordem da noite (orçamento rectificado). Conclue o seu discurso, principiado na sessão de dia, o sr. Carrilho, relator. - Segue no uso da palavra, até se encerrar a sessão, o sr. Teixeira de Vasconcellos.

Abertura da sessão- Ás nove horas da noite.

Presentes á chamada 49 srs. deputados. São os seguintes: - Mendes da Silva, Alfredo Pereira, Baptista de Sousa, Moraes Sarmento, Mazziotti, Pereira Carrilho, Simões dos Reis, Santos Crespo, Miranda Montenegro, Conde de Castello de Paiva, Eduardo Abreu, Eduardo José Coelho, Elizeu Serpa, Goes Pinto, Feliciano Teixeira, Fernando Coutinho (D.) Freitas Branco, Francisco de Barros, Francisco Machado, Sá Nogueira, Pires Villar, João Pina, Cardoso Valente, João Arrojo, Menezes Parreira, Teixeira de Vasconcellos, Correia Leal, Simões Ferreira, Jorge de Mello (D.), Amorim Novaes, Alves de Moura, José Castello Branco, Abreu Castello Branco, Vasconcellos Gusmão, Alpoim, Rodrigues de Carvalho, José Maria dos Santos, José de Saldanha (D.), Santos Moreira, Julio Graça, Julio Pires, Poças Falcão, Luiz José Dias, Manuel Espregueira, Manuel José Vieira, Brito Fernandes, Pedro Monteiro, Vicente Monteiro e Visconde de Silves.

Entraram durante a sessão os srs.: - Guerra Junqueiro, Serpa Pinto, Anselmo de Andrade, Alves da Fonseca, Sousa e Silva, Antonio Centeno, Antonio Villaça, Guimarães Pedrosa, Tavares Crespo, Antonio Maria de Carvalho, Hintze Ribeiro, Augusto Pimentel, Augusto Ribeiro, Barão de Combarjua, Lobo d'Avila, Emygdio Julio Navarro, Madeira Pinto, Estevão de Oliveira, Mattoso Santos, Firmino Lopes, Almeida e Brito, Francisco de Medeiros, Francisco Ravasco, Lucena e Faro, Soares de Moura, Frederico Arouca, Guilherme de Abreu, Santiago Gouveia, Vieira de Castro, Rodrigues dos Santos, Alves Matheus, Silva Cordeiro, Joaquim da Veiga, Oliveira Martins, Avellar Machado, Ferreira Galvão, Barbosa Colen, Eça de Azevedo, Elias Garcia, Figueiredo Mascarenhas, Abreu e Sousa, Vieira Lisboa, Bandeira Coelho, Manuel José Correia, Marianno de Carvalho, Martinho Tenreiro, Miguel da Silveira, Miguel Dantas, Pedro Victor, Dantas Baracho é Estrella Braga.

Não compareceram á sessão os srs.: - Albano de Mello, Moraes Carvalho, Alfredo Brandão, Antonio Castello Branco, Campos Valdez, Antonio Candido, Oliveira Pacheco, Ribeiro Ferreira, Antonio Ennes, Gomes Neto, Pereira Borges, Fontes Ganhado, Jalles, Barros e Sá, Augusto Fuschini, Victor dos Santos, Bernardo Machado, Conde de Fonte Bella, Conde de Villa Real, Elvino de Brito, Francisco Beirão, Castro Monteiro, Francisco Mattoso, Fernandes Vaz, Severino de Avellar, Gabriel Ramires, Guilhermino de Barros, Sant'Anna e Vasconcellos, Casal Ribeiro, Candido da Silva, Baima de Bastos, Franco de Castello Branco, Izidro dos Reis, Souto Rodrigues, Dias Gallas, Sousa Machado, Alfredo Ribeiro, Oliveira Valle, Joaquim Maria Leite, Jorge O'Neill, Pereira de Matos, Ferreira de Almeida, Dias Ferreira, Ruivo Godinho, Laranjo, Pereira dos Santos, Guilherme Pacheco, José de Napoles, Ferreira Freire, José Maria de Andrade, Barbosa de Magalhães, Oliveira Matos, Simões Dias, Pinto Mascarenhas, Santos Reis, Julio de Vilhena, Lopo Vaz, Mancellos Ferraz, Manuel d'Assumpção, Pinheiro Chagas, Marçal Pacheco, Marianno Presado, Matheus de Azevedo, Pedro de Lencastre (D.), Sebastião Nobrega, Visconde de Monsaraz, Visconde da Torre, Wenceslau de Lima e Consiglieri Pedroso.

Acta - Approvada.

Não houve correspondencia.

ORDEM DA NOITE

Continuação da discussão do orçamento rectificado

O sr. Presidente: - Tem a palavra o sr. Carrilho para continuar o seu discurso.

O sr. Carrilho: - (O discurso será publicado, em appendice a esta sessão, quando s. exa. restituir as notas tachygraphicas:}

O sr. Teixeira de Vasconcellos: - No que vou dizer relativamente ao parecer sobre o orçamento rectificado, de modo algum posso ter a pretensão de responder ao discurso do meu illustre collega e amigo o sr. Carrilho.

S. exa. tratou a questão colonial sobre diversos aspectos, e com a proficiencia que todos lhe reconhecemos por que a camara de ha muito aprecia a largueza e vastidão dos seus conhecimentos; e no modo attencioso com que foi ouvido está uma das provas mais completas e indiscutiveis de quanto ella reconhece o seu talento. (Apoiados.) No discurso de s. exa. ha uma nota fogosa, ardente, apaixonada e vehemente; aquella que mais callou no meu animo e mais prendeu o meu espirito, foi quando s. exa. repelliu cheio de uma sã e patriotica indignação a idéa apresentada pelo sr. Ferreira de Almeida sobre a conveniencia da alienação de uma certa e determinada parte do nosso territorio colonial.
Ninguem mais do que eu aprecia os sentimentos patrioticos do meu illustre collega o sr. Carrilho, ao rebater o pensamento manifestado com tanta convicção c desassombro pelo meu illustre collega e distincto amigo Ferreira de Almeida; todavia é justo e nobre fazer-se justiça ao caracter integro e ao patriotismo nunca desmentido de um official que pela sua coragem e illustração bem merece do paiz e da corporação a que serve e a que honra. (Apoiados.}

S. exa. devia pelo menos reconhecer que uma nobre convicção e uma rara coragem inspiraram no meu dilecto amigo uma idéa que muitos sentem boa, mas que raros se atrevem a apresental-a. (Apoiados.)

Como v. exa. sabe está idéa não é nova. Póde não merecer premio de invenção o seu auctor; mas se o merecesse, quem o obtinha certamente eram as Novidades quando na opposição expunham e defendiam a necessidade de pôr o nosso dominio colonial em harmonia com os nossos recursos e forças. Já vê v. exa. que a idéa tem sequazes em todos os partidos, e que ella, se por um lado desagrada e repugna ao sentimentalismo nacional, agrada e convem áquelles que, de animo sereno e despreoccupado, Vêem malbaratado e perdido um dominio vastissimo e com elle os recursos da metropole, só porque a dissimulação dos nossos esforços não permitte concentrar e empregar melhor a nossa acção do nação colonisadora. (Apoiados.)

Em todo o caso, o qualquer que seja o julgamento da opinião, o que é certo é que a idéa da alienação partiu da

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