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çâo dos lucros, resultantes do Projecto, que eu of-fereci, e alem disso podia eslabelecer-se que fossem sellados no logar, perante cuja auctõiidade se ré-queresse.

Disse ainda o nobre Deputado qre era irrisório o Systema que eu defendia; irrisório, Sr, Presidente, e o zelo do nobre Depuiado por um Projecto, contra o qual abertamente se tem pronunciado a opinião publica, e que mais cedo, ou mais tatde ha de prevalecer, porque ella é mais fôite que os homens (sipoiados).

O Sr. Silva Cabral: — Sr. Presidente, a respeito do epitheto que o illustre Deputado diz haver desafiado e?le Projecto não responderei eu cousa ar-gurna .... não sei se elle terá o epilheto de fautor de contrabando, ou se teia outro qualquer ; mas o que eu digo somente é que o illustre Deputado o Sr. Miranda, meu amigo, de certo avançou pré-pos;çôes que não demonstrou; porque eu declaro. t;'rn meu nome, e em nome da Comrnissâo, (por isso mesmo que como Membro da Commissão, eu tenho direito a merecer a condescendência dos meus Collegas), que se por ventura S. S.a mostrar que o.Projecto daCommissào favorecer o contrabando, a Commissão com toda a, boa vontade retirará o seu Projecto. Mas eu o que vi, e' que S. S.a querendo mostrar os inconveniências dos meus argumentos, corroborou mais a força destes mesmos argumentos. Ora em muito sangue frio (e peço á Camará toda n attcnçào), por ventura respondeu S. S.a aos argumentos que lhe produzi, tirados do exemplo d'nrn Requerimento que viesse dasProvin-fias a Lisboa? (O Sr. Miranda: — Já respondi.) Eu digo como respondeu; di*se, que das Provin-cias nào vinham ordinariamente senão duas dúzias de Requerimentos; ora se assim se responde a argumentos, enlão confesso que nào sei para onde desta Casa fugiu a lógica , e a jurisprudência!'!! S. S.a não pôde negar a procedência do arguifièri-1o, e o principio que estabeleci; o quê pr-eténdeu unica-au-nte foi modificar a sua força, limitando o objecto, a duas ou três dúzias de Requerimentos. Ainda sendo só duas ou Ires dúzias de Requerimentos , que vetn das Províncias a Lisboa; (o que e risivel) e os documentos que devem acompanhar estes Requerimentos; e argumento fica sempre em pé quanto íí. Fací)idade òa imítaçnn, e lii)po$si\~t)}i-dade de reconhecer essa veracidade; «'este e que e' o caso , e a verdadeira matéria do argumento.

Mas o que se respondeu a respeito das asÃÍgí.a-turas de Concelho para Concelho, de Camará para Camará ? Nado , nern era possível , porque as que disse, suo verdades palpáveis, que não podem ser contestadas por homens de senso, e de lo-gií'a.

Sr. Presidente, eu não me q.ui? fazer assessor do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, não foi esta a minha intenção, pelo contrario, disse — que tinha pedido a palavra, quando S. S.a se tinha dirigido ao Sr. Ministro, e tinha entendido de differente maneira, aquillo que el'e tinha dito. lis-te dever de qualquer Deputado e meu, não era só para com o Sc. Ministro, era para lodo qualquer Collega : depois que eu vi que S. S.a fallando subsequentemente se tinha referido ao Sr. Ministro de um modo inexacto, eu tinha obrigação de ratificar as expressões de S. Ex.a, e mostrar o que elle li-VOL. 6.'—JUNHO—1843.

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nhã dicto; não fiz isto a S. Ex.a por ser Ministro, devia-o fazer, porque a verdade assim o reclamava, e exigia. (Apoiados.)

Quando fallei do amor próprio de S. S.a, não quiz ainda dizer que defendia o seu Projecto por arnor próprio, e nem isto era offensivo; todos nós lemos amor próprio, qual é o homem que o não tem? Creio que offensivo devia repular-se o asseverar-se de qualquer, que não tinha amor próprio—• não se casa muito bem o iudifferentismo, ou scep-ticismo, com o cavalheirismo . . . Mas isto não importa o afferrarmo-nos de tal forma ás nossas obras, que desprescmos as do» outros, e não ouçamos a sangue frio as reflexões que os outros nos fazem. (Apoiados.)

Entendo portanto que os argumentos que eu produzi, estão perfeitamente intactos; em quanto ao mais que o illustre Deputado disse, parece-me que não devo responder. Concluo por consequência, (scja-me licito ao menos ter esta opinião, como S. iS.a tem a sua.) que o systema da Commissâo e' pré-ferivel ao Projecto do nobre Deputado, embora o systema da Commissão em alguns pontos particulares precise de alguns correctivos , a Commissão nunca se negará a elles, para evitar o contrabando, porque este é o fim que se deve ter em vista;

Sr. Presidente: — Está acabada a inscripçâo deste Projecto.

O Sr. Garrefí :•—Pedi a palavra simplesmente para dizer a V. Ex.a que não quero fallar na questão , ainda que estou mais inclinado a votar contra o carimbo; mas o que eu quero perguntar a V. Ex.a, e se se vão votar também as tabeliãs.

O Sr. Cardoso Castel-Branco:—Eu pedia a V.Ex.* que desse para Ordem do Dia de terça feira o Parecer da Commissâo, sobre a eleição de Macáo.